Moto ninja, trem-fantasma, american show, carrossel foram alguns dos brinquedos escolhidos pela garotada no espaço de entretenimento
Os olhares dos alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) convidados para passar um dia de lazer no Fiesta Park, na avenida Paralela, era de curiosidade para desvendar emoção de cada brinquedo.
Logo na entrada do parque, os 15 alunos sorteados pela Apae já escolhiam entre eles a atração preferida, como o carro de bate-bate e a roda-gigante. Para iniciar a aventura da tarde de lazer, a alegria da companhia dos pais complementava o momento dos adolescentes.
A iniciativa do parque em parceria com a Apae teve como proposta proporcionar um dia diferenciado para marcar a comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, lembrado no último dia 21. Em um ambiente familiar, os pais acompanhavam os filhos na maioria dos brinquedos e refletiam o cuidado por cada um que estava ali.
Segurando firme o volante do bate-bate, o aluno Rafael Azevedo, 21 anos, esperava ansioso para iniciar o seu passeio, junto com outros amigos. Durante as manobras radicais, ele contou a experiência. “Foi como dirigir um carro de verdade”, disse. Para Marilúcia Azevedo, 58 anos, mãe de Rafael, o dia é uma oportunidade de valorização. “É um dia que eles são reconhecidos, mas, para mim, todos os dias eles são lembrados”, declarou.
A diversão só estava começando. Logo em seguida, o brinquedo escolhido foi o Ranger. Mais uma vez, a alegria e adrenalina fizeram parte do dia dos adolescentes. Na saída do brinquedo, todos fizeram questão de explicar a sensação. “É uma gangorra que gira. Quando fiquei de cabeça para baixo, fechei os olhos”, declarou um dos jovens. A montanha-russa de looping, também, foi um dos mais escolhidos pela garotada.
Com 18 atrações disponíveis, entre elas a moto-ninja, trem-fantasma, american show, carrossel, entre outros, era impossível ficar parado.
“O brinquedo que mais gostei foi a roda-gigante e carro de bate-bate”, disse o aluno Cleisson Luz, 21 anos. Já o seu amigo, Pedro Artitington, 21 anos, também estava na disputa por uma vaga no mesmo equipamento. “É o nosso preferido”, contou Pedro.
Social
De acordo a coordenadora de qualificação da Apae, Tatiane Teixeira, um dos objetivos é promover ações que fazem parte do contexto da instituição de inclusão social, abordando questões sobre saúde, educação, trabalho e lazer. “Nas atividades do Dia da Síndrome de Down, buscamos provocar a reflexão e proporcionar momentos como esse. Mostrar que as pessoas com síndrome de Down e deficiência intelectual podem estar em todos os ambientes”, disse.
A coordenadora ainda informou que esse tipo de ação ajuda na coordenação motora, cognitiva e lúdica dos alunos. “Sorteamos um aluno de cada sala e eles ficaram encantados com tudo isso. É algo novo para eles”, afirmou Tatiane.
Segundo o representante do Fiesta Park em Salvador, Cezar Santana, uma das iniciativas é oferecer oportunidade para as pessoas participarem das ações. “Em todas as cidades que passamos, escolhemos instituições para momentos como esse que são totalmente voltados para o social. Na maioria das vezes, escolhemos datas de conscientização”.
*Sob a supervisão do jornalista Luiz Lasserre