Petrucio Ferreira e Yohansson Nascimento protagonizaram dobradinha brasileira no pódio dos 100m classe T47
De volta a Londres, onde conquistou um dos melhores resultados de sua história, a delegação de atletismo paralímpico brasileira vem fazendo bonito no Mundial da modalidade, que começou na sexta-feira e termina dia 23.
Nos três primeiros dias do torneio, somou cinco medalhas (sendo duas de ouro) e bateu um recorde Na manhã dessa segunda-feira, 17, já conseguimos mais um ouro. Nada mal.
Ainda que sem nomes importantes – como a velocista Verônica Hipólito, que conquistou uma prata e um bronze na Rio-2016, ano passado – e com algumas decepções – ouro na Paralimpíada, Gustavo Araújo queimou a largada e não conquistou medalha nos 100 m da classe T11 – o país vem mostrando que não se tornou uma potência à toa.
Mesmo com o crescimento da natação – impulsionada pelo fenômeno Daniel Dias – e de algumas modalidades tradicionais, como o futebol de 5 e o judô, o atletismo é o carro-chefe do Brasil nos esportes adaptados.
Foi daí que veio boa parte das medalhas em Londres-2012, quando o Brasil fez a melhor campanha da história e ficou com a sétima colocação geral. Das 43 de todas as medalhas conquistadas, 18 delas – sendo sete de ouro – vieram do atletismo.
No ano passado, na Rio-2016, o país teve desempenho ainda melhor que em Londres, embora no quadro geral tenha ficado com a 10ª posição. No total, foram 33 medalhas, sendo oito de ouro, 14 de prata e 11 de bronze.
Algo a mais
Embora o Brasil tenha feito bonito durante a Paralimpíada, no ano passado, lotando o Parque Olímpico e os equipamentos esportivos, não conseguiu bater o recorde de público de Londres-2012.
E isso tem um motivo: o Reino Unido (ou Grã-Bretanha) tem uma cultura muito forte de esporte adaptado, e sempre briga pelas primeiras posições gerais nas Paralimpíadas (no ano passado, por exemplo, ficou no segundo lugar, atrás apenas da China).
Por isso é especial quando alguma cidade inglesa sedia um torneio paralímpico: os ginásios, estádios e piscinas estão sempre cheios, a imprensa já tem mais tradição em cobrir e acompanhar os atletas (e já enxerga o esporte adaptado como alto rendimento) e a infraestrutura – muito graças a 2012 – é de alto nível.
Quem puder acompanhar as provas (estão sendo transmitidas pelo canal pago SporTV e pelas redes sociais do Comitê Paralímpico Brasileiro) vai poder ver como é grande o carinho do público inglês com nossos atletas.
Brasileirão Feminino
Numa grande partida, o Santos bateu por 2 a 0 o favorito Corinthians e leva boa vantagem para o jogo de volta da final, marcado para esta quinta na Arena Barueri, às 18h.
As Sereias – que lotaram a Vila Belmiro com mais de 15 mil pessoas – podem perder de 1 a 0 que levam o título. As meninas do Timão, que têm a melhor campanha e não perderam em casa, sabem que podem virar o jogo. Promete ser mais uma partida disputadíssima, e equilibrada digna de um Brasileirão.