A região metropolitana tinha 408 mil pessoas à procura de emprego em dezembro, 9 mil a mais que em novembro
Da Redação
A Região Metropolitana de Salvador fechou dezembro com um aumento na taxa de desemprego de 23,2% entre a População Economicamente Ativa (PEA), superando em 0,4 ponto percentual a taxa de desocupação medida em novembro pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). O contingente de desempregados passou de 399 mil pessoas em novembro, para 408 mil em dezembro.
O acréscimo de 9 mil pessoas em situação de desemprego decorreu do aumento da PEA em 7 mil indivíduos e da eliminação de dois mil postos de trabalho na RMS.
Mesmo assim, a pesquisa realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia SEI, da Secretaria de Planejamento, avalia como relativamente estável o nível ocupacional entre novembro e dezembro a queda na oferta de emprego equivale percentualmente a apenas 0,1% do total.
Um dos fatores que contribuíram para isso, pondera o estudo, foi o crescimento ocupacional observado em diversos setores de atividade econômica, que no agregado chegou a 4,5%. É o caso, por exemplo, da construção civil, serviços domésticos e a indústria, que tiveram expansão de 0,9%, e o comércio, com 0,5%.
No setor de serviços houve redução de 1,7% em dezembro na comparação ao mês anterior.
O contingente de ocupados foi estimado em 1,35 milhão de pessoas em dezembro, dois mil a menos em relação a novembro. Em números absolutos, foram eliminadas 13 mil ocupações no setor de serviços e criadas 9 mil no agregado outros setores, mil na indústria e outras mil no comércio.
Em relação a dezembro de 2004, o nível de ocupação na RMS elevou-se em 5,7%, o que representou a criação de 73 mil ocupações. Houve incremento em todos os setores: 36 mil novos postos de trabalho nos serviços, 25 mil na indústria, 7 mil no comércio e 5 mil no agregado outros setores.
RENDA CAIU Analisados com um mês de defasagem, já que são investigados no mês anterior ao das entrevistas da pesquisa, os dados de rendimento mostram que a renda real média dos ocupados foi reduzida em 1,4%, passando a R$ 719, e que o salário médio real permaneceu estável (-0,4%), evoluindo dos R$ 833 observados em outubro para R$ 830, em novembro.
Entre outubro e novembro o rendimento médio dos assalariados do setor privado ficou estável (0,4%), passando a R$ 696. Os assalariados do setor do comércio apresentaram aumento nos seus rendimentos médios (7,1%), os da indústria mantiveram relativa estabilidade (-0,1%) e os dos serviços tiveram perdas de 0,7%.
O salário real médio recebido no setor de serviços foi calculado em R$ 655; na indústria em R$ 1.015; e no comércio R$ 569. Ainda no setor privado e considerando a formalização do vínculo empregatício, o rendimento real médio dos assalariados com carteira assinada apresentou pequena variação positiva de 0,6%, passando a R$ 777. Já a renda dos trabalhadores sem carteira manteve-se relativamente estável (104%), registrando um valor de R$ 418.