O Conselho Executivo do Banco Mundial concedeu hoje ao presidente da entidade, Paul Wolfowitz, mais 24 horas para responder ao relatório que o acusa de violar as normas da instituição, informaram à Efe fontes do organismo.
Wolfowitz deveria ter apresentado suas alegações hoje, após se cumprir o prazo inicial de 48 horas que lhe foi dado no último domingo, quando foi entregue a ele uma cópia do relatório de 600 páginas.
No entanto, um comunicado divulgado hoje pelo advogado do presidente do Banco Mundial, Robert Bennett, afirma que o prazo é "terrivelmente injusto" e pediu mais tempo.
"Segundo as próprias regras do Banco, um funcionário sob investigação tem direito a pelo menos cinco dias úteis ou mais para responder caso o assunto seja complexo e sério como este", diz o comunicado distribuído por Bennett.
Caso consiga este prazo, Wolfowitz contaria com três dias adicionais a partir de hoje.
Wolfowitz terá agora que apresentar suas conclusões antes da meia-noite de amanhã.
Está previsto que o Conselho Executivo realize uma reunião informal na quinta-feira para analisar o relatório final que será entregue a ele neste mesmo dia.
O Conselho voltará a se reunir na sexta-feira para tentar alcançar uma conclusão sobre como proceder neste assunto.
A reunião poderia se prolongar durante o fim de semana.
O Conselho deverá decidir se recomenda abertamente que Wolfowitz seja cassado ou pode emitir algum tipo de voto de não confiança que possa convencê-lo a renunciar.
Um artigo publicado hoje pelo jornal "The New York Times" diz que as principais potências européias dentro do Banco ofereceram a Washington a possibilidade de livre escolha de um novo presidente da instituição em troca da pronta saída do atual titular.