Tricolor de Guto Ferrerira terá até o final da Série B três jogos londe da torcida, e precisa vencer pelo menos uma
Pode-se dizer que o Esquadrão começa nesta sexta-feira, 4, uma batalha em três rounds, e o seu adversário, na realidade, é o fantasma de não vencer fora de casa. No final da batalha, o Esquadrão precisa sair do ringue com pelo menos três pontos – condição mínima para que o time retorne à Série A.
Neste 1º round, às 20h30, em Goiânia, o Tricolor – do boxeador Robson Conceição, que no sábado, 5, faz a sua primeira luta profissional, em Las Vegas – enfrentará um rival bastante combalido: o Vila Nova, 11º na tabela, não briga mais para subir e não corre riscos de cair. Sofre com salários atrasados e está com presidente interino, já que o titular renunciou há menos de um mês.
Nada disso, porém, torna o combate mais fácil, segundo Guto Ferreira. “Na hora que a partida começa, nada disso entra em campo. O que você tem que fazer é dar o seu melhor. Respeitar o adversário e fazer o seu melhor. E esse melhor tem que superar o que eles fizerem de melhor”, disse.
Impossível negar, no entanto, que o rival desta sexta é o round mais fácil de vencer nesta reta final de competição. Depois do Vila, o Tricolor enfrentará Luverdense e Atlético-GO fora de casa. O primeiro ainda briga para subir, e o Dragão busca o título da Série B.
Para subir sem depender de outros resultados, o Bahia precisaria vencer pelo menos uma fora, além, é claro, de bater os adversários que terá na Fonte Nova – Sampaio Corrêa e Bragantino, que estão no Z-4.
O problema é que o time de Guto Ferreira é um dos piores visitantes da competição, com apenas dois triunfos. Mas ele quer deixar o trauma para trás: “O que aconteceu só vai servir neste momento para a gente corrigir situações. A campanha deveria estar melhor, mas se a gente ficar criando fantasma, a gente vai ficar apavorado. E nesse momento ninguém pode ficar apavorado”.
“Estes são três pontos novos dentro da competição. O que passou não vai tirar nossa credibilidade para vencer agora. Cabe à equipe fazer uma partida bem melhor do que tem feito”, completou.
Estratégia
Para o combate, o treinador do Esquadrão adotou técnicas de guerrilha – ou pelo menos o mais próximo disso no futebol. Na última terça-feira, comandou um trabalho tático repleto de testes na equipe, colocando Régis, Victor Rangel e Renê Júnior como titulares. Depois, na quarta, 2, treinou com os portões fechados.
Questionado, o técnico se recusou a revelar qualquer detalhe sobre a equipe desta sexta: “Informação nesse momento é muito importante. Na guerra, se você sabe com quantos homens o inimigo vem, por qual estrada ele vem, quais as armas vai usar, dá tempo de você traçar uma estratégia para combater”, comparou.
Também não quis revelar com qual estratégia jogará nesta sexta. Desejou apenas que a que escolheu seja melhor do que a do Vila Nova: “É uma briga de estratégia, de momentos de cada um, de como cada um vai se impor perante o outro”.
Vila Nova x Bahia - 34ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Quando: sexta-feira, 4, às 20h30
Árbitro: Rodolpho Toski Marques
Assistentes: Ivan Carlos Bohn e Luciano Roggenbaum (trio do Paraná)
Vila Nova - Wagner Bueno, Maguinho, Guilherme Teixeira, Reginaldo e Marcelo Cordeiro; Fagner, Victor Bolt, Jefferson Feijão e Simião; Fabinho e Moisés. Técnico: Guilherme Alves.
Bahia - Muriel, Eduardo, Tiago, Jackson e Moisés; Renê Júnior (Luiz Antônio), Juninho e Renato Cajá; Edigar Junio, Hernane e Victor Rangel. Técnico: Guto Ferreira.