Atualmente, o estádio possui um complexo de treinamento que contempla um total de oito campos | Foto: Reprodução | Instagram
O duelo desta terça-feira, 12, diante do CRB poderá ter um gostinho especial para o torcedor Rubro-Negro. Além do time conseguir emplacar o quinto jogo consecutivo de invencibilidade e se distanciar ainda mais da zona de rebaixamento, o confronto trará o presente de aniversário ideal para o 'santuário do Leão', que está completando 33 anos nesta segunda.
Inicialmente, o estádio foi construído a partir de um terreno doado pelo então prefeito da capital baiana, Clériston Andrade, em meados da década de 70. Entretanto, a inauguração do Manoel Barradas só aconteceu no dia 11 de novembro de 1986, em partida amistosa diante do Santos. Na ocasião, Leão e Peixe ficaram no 1 a 1, gols de Dino, para os baianos, e Heider, para os paulistas. Mesmo com a realização do primeiro jogo, o Barradão ainda era pouco utilizado pelo Rubro-Negro nos primeiros anos, muito em decorrência da falta de infraestrutura.
Assim, a reinauguração da casa rubro-negra só veio acontecer, em definitivo, no ano de 1991, em novo empate por 1 a 1 contra o Olímpia-PAR. Ainda assim, o clube mandava a maioria dos seus jogos na Fonte Nova, com o argumento de que a falta de iluminação do estádio impedia que as partidas começassem depois das 15h. A consolidação da Toca só veio ocorrer em 1994, após finalmente ocorrer a implantação dos refletores.
Com todos os possíveis impasses resolvidos, Vitória e Barradão foram estreitando ainda mais seus laços. O estádio foi carinhosamente apelidado de 'caldeirão' pelos torcedores mais fanáticos e, nele, o Leão obteve sua maior invencibilidade em BaVis, com um total de oito anos - entre 1998 e 2006 - e 18 jogos sem perder.
No entanto, o que era considerado um fator de desequilíbrio, acabou virando o jogo e se tornando uma dor de cabeça para o Vitória. Nas últimas três temporadas, o Leão tem tido dificuldades de emplacar, no estádio, o mesmo domínio obtido em outrora. A queda de rendimento chegou a fazer com que o clube se tornasse mais conhecido pelos triunfos fora, do que dentro de casa.
Apesar das estatísticas desta temporada ainda não serem muito positivas, a equipe comandada por Geninho tem conseguido, aos poucos, se impor dentro de seus domínios e tentado fazer valer o fato casa na competição. Nesta temporada, em 23 partidas realizadas no Barradão, o Vitória conquistou apenas oito triunfos e oito empates, um aproveitamento equivalente a 46,3%.
O cenário começa a melhorar quando saímos do contexto geral e analisamos os números no Brasileirão. Com exceção das partidas contra o Guarani, Atlético-GO e Sport - disputadas na Arena Fonte Nova - o aproveitamento aumenta, atingindo a marca de 52,4%, com seis vitórias e 4 empates, em 14 jogos.
Se estreitarmos ainda mais esse filtro, a chegada de Geninho engrenou um ânimo a mais para o Leão. Apesar do curto período, o Vitória conseguiu atingir seu melhor resultado na competição, também dentro de casa, pelo placar de 3 a 0, contra o Brasil de Pelotas, na penúltima rodada. Por isso, a atmosfera desenhada para o duelo contra o CRB pode ser considerado extremamente positivo.