Francisco usa criatividade para decorar o prédio onde trabalha
Em poucas semanas a decoração de Natal vai estar pelas ruas e prédios da cidade. Nos condomínios, além do bom senso, para evitar desentendimentos entre os moradores, a decoração natalina precisa ser econômica para não pesar nas contas de final de ano. Deixar as áreas comuns no clima festivo sem gastar muito significa reutilizar materiais e buscar soluções sustentáveis e criativas.
“Para tudo hoje você deve usar a criatividade, o bom senso e, se possível, com o custo reduzido. Com a crise, ninguém quer gastar muito”, diz a produtora de eventos Cecília Prazeres. Depois de confirmar com a administração sobre quais os ambientes estão autorizados para ser decorados, deve-se escolher um tema e seguir uma paleta de cores, segundo a diretora. “Não pode exagerar. Ver os espaços a serem decorados e não poluir o ambiente com várias cores é fundamental”, afirma.
Segundo o síndico profissional Raimundo Edgar, vale reutilizar itens como árvore de Natal e pisca-pisca, que têm maior durabilidade, e apostar em enfeites encontrados nos varejões de comércio popular por preços acessíveis. “A cobrança é muito grande para este tipo de organização. Você cria uma expectativa do novo e é sempre bom mesclar a decoração (de sempre) com novas bolas, por exemplo, para trazer a novidade”, explica.
Decoração natalina do Edifício Leon Tolstói, na Vila Laura (Foto: Mila Cordeiro l Ag. A TARDE)
Entrada do prédio
Há 13 anos, o porteiro Francisco Reis, 36, usa sua criatividade para fugir da mesmice e ainda economizar na decoração natalina do prédio onde trabalha. ”A entrada não pode ser muito chamativa, tem que ser mais tradicional”. No ano passado, a portaria foi decorada com piscas-piscas enrolados em bambolês, que custaram, cada um, cerca de R$ 3. Em ambientes internos, Reis conta que é possível ousar aproveitando itens do dia a dia.
“Saco plástico transparente em formato de gota com água, pendurado na árvore, dá um efeito de cristal”, diz. Se falta criatividade, na internet encontram-se dicas para arranjos e objetos de decoração natalinos feitos com materiais “de casa”, continua.
“Um cabide de arame, com rolhas de vinho vira uma guirlanda. Assim, dá para criar um enfeite bacana e econômico”, sugere a decoradora de eventos Bruna Palmeira. “Final de ano é momento de mudança e de transformações. Vale reutilizar as árvores e os elementos decorativos, mas de forma criativa”.
Outra sugestão é transformar garrafas PET e rolos de papel higiênico em sinos e flores que podem ser pendurados na árvore. As caixas de papelão, por sua vez, viram presentes de “mentirinha”.
O uso das luzes de Natal pode parecer inofensivo, mas é preciso estar atento. “Cada pisca-pisca deve ser ligado, individualmente, em uma única tomada. Um adaptador esquenta muito, o que pode causar um curto-circuito”, explica o eletricista Gelson Lima.
Na decoração, o bom senso deve prevalecer também na harmonização das cores e no teor dos artigos natalinos. “Evitar anjinhos e presépios. Utilize elementos não específicos de alguma religião”, sugere Bruna. “Quem faz a ornamentação de Natal deve ter sensibilidade e buscar algo moderno, não muito chamativo”, acrescenta Edgar.
Faça uma decoração com pouco dinheiro
Ambientes - Antes de começar a decorar um espaço, observe a utilidade e a metragem do ambiente e a voltagem da fiação. Isso influencia no tipo de decoração a ser utilizado nesse espaço
Tema e cores - Defina um tema e escolha uma paleta com até três cores para basear a decoração do espaço. Os decoradores apostam no vermelho como cor principal do Natal, a ser combinada com verde, branco ou dourado
Criatividade - Garrafas PET, papelão e rolhas de vinho servem como matéria-prima de arranjos econômicos, criativos e sustentáveis
Mudanças - A novidade fica por conta dos adereços complementares, facilmente encontrados no comércio popular