Até o momento, não há líderes absolutos e nenhum crescendo expressivamente nas eleições
O mundo político mostra certa perplexidade diante de um fenômeno nunca visto no Brasil: no mês em que se abre o prazo para as convenções partidárias, o embate presidencial está rigorosamente como começou, sem líderes absolutos e nenhum crescendo expressivamente. Ou seja, imprevisibilidade plena.
Bolsonaro lidera, agora com 18%, sem Lula, seguido de Marina (13%), Ciro Gomes (8%), Alckmin (6%) e Álvaro Dias (3%), e mais oito candidatos com 2%, o caso de Fernando Haddad, e os demais, 1%.
Óbvio que a configuração dos cenários oficiosa ajuda a ampliar a confusão. Exemplo: Lula está lá num cenário com 33%. Mas se já é tido como líquido e certo que Lula está fora, quem é o candidato que ele vai apoiar?
Ou melhor: quem é que Rui Costa vai apoiar? Nem o próprio sabe. Espera a palavra de ordem de Lula. E o time de Zé Ronaldo vai ficar com quem? Ninguém sabe também, nem ele.
É um cenário atípico. Até porque, nos dois lados, também pela primeira vez a Bahia, que sempre recebeu a influência federal de forma decisiva, agora vê os atores federais fazendo força para buscar ajuda dos baianos.
Daí é que a senadora Gleisi Hoffmann (SC), presidente nacional do PT, quis forçar o apoio de Rui a Lídice em favor de uma aliança nacional com o PSB. E Alckmin espera crescer na campanha e ter o apoio baiano de ACM Neto e Cia. Nada emplacou até agora.
PSC quer uma definição já
O ex-deputado Eliel Santana, presidente do PSC na Bahia, vai passar o comando do partido para o filho, o deputado estadual Heber Santana, no próximo dia 7, em festa com os figurões nacionais da legenda.
Por isso, Eliel diz que gostaria muito se até lá a chapa de Zé Ronaldo já tenha definido a questão da segunda vaga de senador.
O partido quer emplacar Irmão Lázaro, que enfrenta a resistência do PSDB.
TVs dos SACs terão anúncio
O governo teve uma boa sacada. A Secretaria da Administração acaba de celebrar contrato com o Irdeb para exploração do circuito interno de TV da Rede SAC.
A iniciativa é pioneira no serviço público do País.
O Irdeb vai comercializar a publicidade em TVs de 32 postos SAC, divididos entre Salvador e o resto do estado.
O projeto leva o nome de Sacada. A expectativa é arrecadar entre R$ 1 milhão e R$ 4 milhões por ano.
Ciro Gomes no pé do caboclo
Ciro Gomes, o mais competitivo dos presidenciáveis que virão a Salvador para o desfile do 2 de Julho, não tem agenda extra a não ser a festa, segundo o deputado federal Félix Mendonça Júnior, presidente do PDT na Bahia, que ressalva:
– O que não impede obviamente de ele se encontrar com políticos. Mas a missão é mesmo a independência. Até porque quem quer chegar lá tem que chegar no pé do caboclo, não é?
Segundo Aleluia, o DEM cogita 4 presidenciáveis
Ao negar ontem a existência de uma pesquisa feita por DEM, PP, PRB e SD que teria apontado Ciro Gomes como o preferencial, o deputado José Carlos Aleluia, presidente do DEM na Bahia, disse que só soube de tais pesquisas de ‘ouvi dizer’. Só houve uma pesquisa qualitativa feita pelo partido para o consumo interno.
– Pesquisa neste momento só qualitativa, para nos dar algumas dicas. E a que fizemos aponta que no DEM há quem defenda Bolsonaro, Geraldo Alckmin, Álvaro Dias e também Ciro Gomes. No caso de Ciro, eu pondero que devemos avaliar a história dos nossos valores com o que ele fala. E isso não é veto. É análise, até porque a América Latina está convergindo para uma posição distante da bolivariana.