Rui Costa agora corre atrás da harmonia plena na base
Passada tempestade – as turbulências geradas pelo pacote da reforma administrativa – vem a bonança. Rui Costa quer, ou tenta, fechar o ano com uma agenda positiva. Agora é a vez da reforma do secretariado, que ele já vem tocando de leve e vai intensificar esta semana.
Se já há nomes definidos? Claro que sim. Um time bem restrito é formado por aqueles que só saem se quiserem, entre eles, André Curvelo (Comunicação), Manoel Vitório (Fazenda) e Fábio Vilas- -Boas (Saúde). No resto, uma parte vai rodar, trocar de pastas, e outra vai dançar.
Jogo federal — As articulações incluem a presença de pelo menos dois deputados federais eleitos no secretariado. Há a intenção de empurrar o deputado federal Paulo Magalhães (PSD) para Brasília. Acontece que ele ficou na terceira suplência.
Por aí, Charles Fernandes (PSD), ex-prefeito de Guanambi (se resolver as pendengas judiciais), e Joseildo Ramos (PT), ex-prefeito de Alagoinhas, também podem ir aprontando os paletós.
Ao que se diz, Lídice da Mata (PSB), ainda senadora, mas deputada eleita, é candidata a secretária. Vai pelo menos um do PT também.
O esforço de Rui passa também pela instalação da harmonia na base política o máximo possível.
Ele já sofreu desgaste com sindicalistas ligados ao PT e ao PCdoB que lideraram os protestos contra a reforma. E Bolsonaro está chegando.
No ranking da busca turística, Salvador não vai tão bem assim
O Kayak, ferramenta de busca de viagens, fez uma comparação entre os destinos mais procurados entre 2017 e 2018, e a notícia não é lá muito boa para os baianos. Salvador, que figurava na terceira posição, atrás de São Paulo e Rio, perdeu o terceiro lugar para Fortaleza, que ocupava a quarta.
Na banda internacional, Miami, nos EUA, perdeu a primeira posição para Lisboa, capital de Portugal. Mas aí o destaque é Buenos Aires, capital da Argentina, que saltou da sexta para a terceira posição.
Entre os destinos que mais cresceram as buscas por informações, Jericoacoara, no Ceará, dispara com crescimento de 1.567%.
Na Bahia, Porto Seguro figura em terceiro (atrás de Caldas Novas, Goiás), enquanto Ilhéus está na oitava posição, com um incremento de 220% de interesse, e Salvador na nona, com 206%. Sinal de que há muito por fazer.
A revolução em Muquém
Diz João Leão, o vice-governador, que, olhando da capital, a grande maioria não faz ideia do impacto da usina de açúcar e álcool que o Grupo Paranhos está implantando em Muquém do São Francisco, no norte do oeste baiano. Isso para afirmar que não é exagero dizer que, no pico, o projeto vai gerar 120 mil empregos.
– Eles vão plantar 40 mil hectares. Como a média é de três trabalhadores por hectare, fechou a conta.
Enfim, água no sertão, com tempestade e bonança
Mas tempestade e bonança mesmo, de verdade, quem vive é o pessoal do sertão. A chuvarada da semana causou enchentes e estragos nos quatro cantos da Bahia, mas acabou a agonia de ver terra seca e gado morto, reabrindo a atividade econômica.
A deputada Fátima Nunes (PT), que vive nos recantos do sertão no nordeste baiano, diz que se mais um pouco não faz mal, porque estamos há mais de um ano que não cai uma gota, nem para molhar. Mas acha que está bom.
– A Barragem do Gasparinho, em Adustina, está cheia. Cocorobó também. Passagem do Molhado, em Quijingue e Cansanção, idem. Carro Quebrado em Uauá, idem, idem. Vai dar pro gasto um bom tempo.
POLÍTICA
COM VATAPÁ
Prefeito seresteiro
Essa quem conta é Franklin Maxado, feirense e nosso cordelista maior.
O professor e seresteiro José Raimundo de Azevedo foi prefeito de Feira duas vezes, em ambas eleito como vice. A primeira em 1982, quando Colbert, o pai, renunciou para se candidatar a deputado estadual. E a segunda quando João Durval renunciou para disputar o governo, em 1994.
Fazer rondas por bares, cantando boleros, apesar da língua pegada, dava voto. Foi quando um amigo passou a dizer que ele estava ‘metido a besta’, ‘o poder subiu para a cabeça’, ‘esqueceu os amigos’, ‘está com um rei na barriga’.
Zé Raimundo soube, chamou-o ao gabinete:
– Você tem ido a Ana da Maniçoba?
– Não.
– Ao Cabaré?
– Vez ou outra.
– Ao Chão de Estrelas?
– Raramente.
– Ao Bengo?
– Não.
– E você fica dizendo que eu não sou mais o mesmo!? Eu continuo cantando por lá. Você é quem não aparece!