O principal comandante dos EUA no Oriente Médio, John Abizaid, alertou hoje a Comissão de Relações Exteriores do Senado que estabelecer um cronograma de retirada para os militares dos EUA no Iraque aumentaria ainda mais a violência sectária do país. Abizaid também disse acreditar que o número de militares dos EUA no país, agora em 141 mil, deve se manter constante, aumentando temporariamente para o treinamento e aconselhamento de unidades militares iraquianas. Ele alertou que a redução do número de tropas não é aconselhável enquanto as forças iraquianas não forem capazes de lidar com a insurgência, manter a segurança de Bagdá e coibir o problema das milícias xiitas.
A declaração colocou Abizaid em discordância com os democratas, que venceram as eleições legislativas do dia 7 defendendo uma mudança do governo dos EUA em relação ao Iraque. No dia 12, os senadores democratas Carl Levin, que deve presidir a comissão das Forças Armadas no Senado, e Joseph Biden, que estará à frente da Comissão de Relações Exteriores, anunciaram que pressionarão o governo para que a retirada comece dentro de quatro a seis meses. Presente à sessão, Levin reiterou sua defesa pela retirada planejada, argumentando que ela forçará o governo iraquiano a tomar a responsabilidade por seu próprio futuro.
Também na comissão, o embaixador David Satterfield, funcionário do Departamento de Estado encarregado de supervisionar a política dos EUA para o Iraque, indicou que o país estaria pronto em princípio para um diálogo direto com o Irã sobre o Iraque. "Mas ainda avaliamos o melhor momento para essa negociação", disse. Nesta semana, o presidente dos EUA, George W. Bush, foi pressionado por seu maior aliado na Europa, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, a engajar o Irã e a Síria na política para o Oriente Médio. A mesma recomendação deve ser feita pela comissão bipartidária Grupo de Estudos para o Iraque, que em dezembro deve divulgar um relatório delineando uma nova estratégia para o país árabe.
PutinCom o objetivo de conseguir o apoio russo para as atuais disputas nucleares com a Coréia do Norte e o Irã, o presidente dos EUA, George W. Bush, se reuniu hoje com o presidente russo, Vladimir Putin, no aeroporto de Vnukovo, em Moscou. A parada de 1 hora e meia, que incluiu um almoço típico russo com Putin e sua esposa Ludmila, foi a primeira escala de uma viagem de oito dias de Bush pela Ásia, onde ele também visita Cingapura, Vietnã e Indonésia.
O breve encontro foi caracterizado por assessores da Casa Branca como nada mais do que uma reunião entre amigos, com Bush tendo aceito o convite de Putin de abastecer o avião presidencial Air Force One na metade da viagem de 19 horas rumo a Cingapura, onde chegará amanhã à noite. Mas a raridade de um vôo presidencial utilizar a rota leste em direção à Ásia, em vez da rota oeste, refletiu que a relação entre os dois países precisam de um cuidado extra ultimamente. Na sexta, ele chega a Hanoi, no Vietnã, onde ele também visita o Vietnã a partir e a Indonésia.