As inundações provocadas por seguidos dias de chuva na Coréia do Norte deixaram pelo menos 200 pessoas mortas ou desaparecidas e dificultarão por pelo menos um ano a provisão nacional de alimentos, revelou um grupo humanitário que atua no fechado país comunista. Cerca de 30 mil casas foram destruídas e mais de 63 mil famílias foram afetadas pelos temporais.
Autoridades norte-coreanas comunicaram à Federação Internacional das Sociedade da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho que pelo menos 200 pessoas morreram ou estão desaparecidas no país, disse hoje Terje Lysholm, diretor interino de uma delegação da entidade em Pyongyang.
Mais cedo, a imprensa estatal norte-coreana informara que "centenas" de pessoas estavam mortas ou desaparecidas por causa das chuvas iniciadas na semana passada.
"Calcula-se que os danos materiais existentes até o momento sejam muito altos", informou a agência de notícias do governo norte-coreano. "Essa chuva forte e incessante destruiu as principais estradas, pontes e linhas férreas do país, além de ter provocado queda no fornecimento de energia elétrica e congestionado as redes de comunicação", prosseguiu a agência.
Em conversa por telefone com a
Associated Press, Lysholm comentou que 63.300 famílias foram afetadas pelos temporais. Cerca de 30.000 casas foram destruídas, dois terços delas na província de Kangwon, a mais afetada pelas chuvas. Segundo ele, a interdição de estradas na região dificulta a avaliação dos danos.