A extensão é a mais democrática das funções universitárias. É a porta por onde sem entraves, empecilhos ou exigências transitam todos aqueles, professores ou alunos, que vislumbram o atendimento de seus interesses pela universidade. Por isso as atividades de extensão universitárias são ilimitadas.
Oriunda dos Estados Unidos, inicialmente ligada a atividades rurais desenvolvidas pelas Faculdades de Fazendeiros, criadas a partir de ato sancionado pelo presidente Abraham Lincoln. Aquelas faculdades foram o embrião de grandes instituições como The Pennsylvania State University e Michigan State University. Atualmente todas as áreas do conhecimento universitário desenvolvem atividades de extensão. Em nossa tese de doutorado tratamos da educação continuada ou permanente ("Continuing Education for Bahia, a guide of needs assessment"). Retornando à Ufba em 1980, cheio de entusiasmo e de novas ideias, propusemos ao reitor Macedo Costa a criação de um projeto embrionário de combate à obsolescência profissional, o Núcleo de Educação Continuada, encerrado na gestão seguinte. A descontinuidade administrativa é uma constante no serviço público brasileiro.
As dificuldades para institucionalização da pesquisa e da extensão permanecem. Todas as faculdades ou departamentos de uma universidade podem desenvolver atividades de extensão. A caracterização, localização e recrutamento da clientela são habilidades a serem desenvolvidas. Não basta querer fazer. É necessário saber como ("know-how"). O desenvolvimento de atividades de extensão requerem do professor uma vocação extensionista a ser aproveitada pela instituição.
A metodologia da extensão universitária é específica para cada atividade. Se a clientela não vem à universidade, a universidade deve ir à clientela. Quando isso acontecer, o número de pessoas frequentando atividades de extensão será maior que o da função ensino.