Baidu, site de buscas líder na China,lança o primeiro veículo autônomo
A discussão sobre carros autônomos já superou a esfera dos temas “nerds” aos quais estamos bem acostumados a ouvir falar, mas não experimentamos de fato. Os carros que andam sozinhos serão uma realidade antes que o incauto leitor possa pensar em adquirir um veículo autônomo.
Esta semana o Baidu, site de buscas líder na China, anunciou o lançamento do primeiro veículo autônomo, tal qual o Google o fez anteriormente. Outros testes já foram feitos após 2015, e agora o Baidu afirma que seu veículo “self driving” está pronto e será apresentado ainda em julho de 2017. A iniciativa é fruto de uma união entre fabricantes de veículos e de eletrônicos que combinaram inteligência artificial, uma nova geração de mapeamento de ruas e estradas e claro, peças de automóveis. A parceria não foi anunciada no Vale do Silício, California, mas na capital da China, Pequim, quase dez mil milhas de distância dos EUA. Os executivos da Baidu foram tão audaciosos que disseram pretender exportar estes veículos para os Estados Unidos.

Segundo a revista Fortune, o Baidu uniu esforços multilaterais com outras empresas de tecnologia, bem como várias montadoras, notadamente a BMW, a Chery, a Ford (onde investiu US$ 150 milhões na Velodyne Lidar, uma startup), Changan, Geely e General Motors (através da subsidiária Shangai Auto). Fazem parte deste esforço empresas como a NVIDIA, Qualcomm, Uber, Alibaba, Solid Energy, Savary, xPerception, Lift, Skymind e Lux.
Ya Qin Zhang, presidente do Baidu, desafiou o Google, que tem a Tesla como grande parceira no desenvolvimento dos autônomos, ao dizer que já tem a tecnologia pronta para ser apresentada ao mundo, bem como o primeiro veículo baseado no Chery EQ elétrico, que tem autonomia para rodar 190km com uma carga de bateria. O mesmo veículo foi apresentado em novembro de 2016, mas não foram divulgados dados técnicos. Agora, o mundo aguarda ansioso pelo lançamento do carro e da tecnologia que, segundo o Baidu, já estará popularizada em diversos países em 2020. São apenas dois anos e meio até que essa previsão seja concretizada.
