Fabricante alemã apresenta seu SUV, com novos equipamentos
O mercado de SUVs premium é dominado por três modelos, todos nacionais. GLA, Q3 e X1 seguem uma ordem no ranking de vendas que quase reproduz a sequência alfabética: o Audi lidera com 2.534 unidades de janeiro a julho, seguido pelo Mercedes-Benz quase na cola, com 2.234 emplacamentos, e, mais afastado, o BMW, que somou 1.991 carros.
O GLA acaba de ser renovado, mas não deve alcançar o rival Q3 por dois motivos: as mudanças são muito discretas para incomodar o líder consolidado, e seu preço de partida, de R$ 158.900, é consideravelmente distante dos R$ 143.190 iniciais pedidos pelo Audi.
As intervenções começam na dianteira, com a grade do radiador inspirada na do GLS, utilitário esportivo mais caro da marca. A partir da versão Advance (R$ 175.900) os faróis são em LED. Para-choques e rodas também foram redesenhados, enquanto as lanternas adotam o padrão estético ditado pelo sedã Classe E. Internamente, as diferenças são ainda mais discretas e se resumem a novas cores e acabamento dos bancos.

E a mecânica?
Apenas a versão 250 Sport recebeu atualização mecânica. Na linha 2018, ela passa a usar a suspensão Off-Road Comfort, 30 mm mais alta.
O modelo avaliado, GLA 200 Advance, segue com o 1.6 turbo flex sob o capô. Os 156 cv e 25 kgfm de torque são suficientes para conduzir o SUV elegantemente, mas sem empolgação. Quem busca desempenho na linha GLA deve optar pelo GLA 250, dotado de um 2.0 turbo de 211 cv, mas que não sai por menos de R$ 232.900. Ou ainda o GLA 45 AMG, com 381 cv e etiqueta de R$ 359.900.
Melhor do SUV é o interior silencioso, uma espécie de antídoto ao caos urbano. Materiais nos bancos e nos acabamentos estão à altura do que se espera de um Mercedes. O espaço é razoável, e o porta-malas – embora seja o menor da categoria – acomoda bons 421 litros.
O sistema multimídia não é o mais atual da Mercedes (como em quase todos os demais modelos da marca). E isso é uma boa notícia, pois sua operação é menos complicada e mais intuitiva.
Talvez sejam alterações discretas demais mesmo para uma atualização de meio de ciclo. Quem espera mais do GLA tem um caminho um tanto longo à frente: a próxima geração já está em testes, mas não deve aparecer por aqui antes de 2020.