Marco Antônio Jr. | A TARDE SP
Entre os modelos mais em conta qual deles é a sua cara?
Desde o lançamento do Ford Ecosport da primeira geração em 2003, passando pelo Jeep Renegade, Renault Duster e Honda WR-V entre os mais recentes, todas as marcas oferecem SUVs compactos como porta de acesso a um tipo de veículo que o consumidor adora. Desde opções mais em conta como o JAC Motors T40, modelos de até R$ 80 mil se multiplicam por sorte do consumidor. Nossa reportagem avaliou os modelos mais baratos e mostra quais são as vantagens e desvantagens de cada um. Incluímos nesta matéria apenas os modelos que pudemos avaliar, o que não foi o caso do Renault Duster, Hyundai Tucson (modelo antigo) e Lifan XC 60.
JAC Motors T40 (a partir de R$ 57,9 mil)
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O SUV compacto que acaba de ganhar uma versão com câmbio CVT e motor 1.6, representa uma fase mais madura da importadora do grupo SHC. O T40 tem bom espaço, é equipado e com visual cheio de personalidade. Surpreende pelo preço inicial de R$ 59,9 mil mas que vem com motor 1.5 e câmbio manual. O automático é bem melhor mas custa R$ 69,9 mil. É o mais em conta dos carros avaliados e não fica atrás de ninguém em desempenho ou nível de acabamento.
A favor: pacote de equipamentos bem recheado
Contra: poucas concessionárias da marca pelo país e ainda alta desvalorização
Honda WR-V (a partir de R$ 74,9 mil)
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O SUV de acesso da Honda é derivado do Fit com maior altura em relação ao solo (5,3cm), suspensão específica para o modelo e visual aventureiro. Apesar de mais alto é bem estável e o motor 1.5 de 116cv e câmbio CVT são bons porém um pouco mais lentos que no seu irmão. Sua suspensão é mais robusta e encara bem os buracos e valetas mas o preço é alto para o nível de equipamentos. A favor dele está o espaço interno generoso. A confiança na marca e na mecânica são pontos a considerar para quem não quer perder muito na revenda.
A favor: ótimo espaço interno e baixa desvalorização
Contra: pelo preço, falta uma multimídia melhor e ar condicionado digital.
EcoSport (a partir de R$ 73,9 mil)
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Com o melhor padrão de montagem entre seus concorrentes, traz na versão mais em conta o motor 1.5 Dragon Flex três cilindros, solução moderna que rende 137cv (etanol) e câmbio manual ou automático, que faz o preço subir para R$ 78,9 mil. O espaço traseiro não é dos melhores, nem o porta-malas mas conta com 7 airbags e a melhor multimídia entre os avaliados, a Sync com tela de 6,5 polegadas.
A favor: segurança, nível de acabamento e equipamentos como a boa multimídia
Contra: espaço interno limitado devido ao curto entre-eixos
Renegade (a partir de R$ 76,9 mil)
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Já foi líder e queridinho do segmento mas ainda segue competitivo. A única versão que custa menos de R$ 80 mil é a Custom com câmbio manual e motor e.TorQ Evo 1.8 Flex de 139cv (etanol) que está mais econômica mas precisa de fôlego. Apesar disso tem visual atrativo, boa dirigibilidade e boas surpresas como freio de estacionamento eletrônico, freios a disco nas quatro rodas e multimídia Ucconnect 5. A herança Jeep está na baixa torção da carroceria o que é uma boa vantagem.
A favor: visual com forte personalidade que evoca a tradição da marca
Contra: espaço interno limitado especialmente o porta-malas e poucos equipamentos na versão Custom
Renault Captur (a partir de R$ 80,4 mil)
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Mesmo acima da nossa "nota de corte", na prática o Captur é encontrado por preços abaixo da tabela na rede de concessionários. É o mais bonito entre os SUVs de entrada, com design atualizado mas fica devendo no desempenho do motor SCe 1,6 litro de 120cv (etanol). Em termos de suspensão e dirigibilidade é bem preciso e não abre mão do conforto. Ângulo de entrada e saída são destaques. O acabamento com plástico ruidoso são herança de outros modelos da marca como Sandero e Duster.
A favor: design marcante e condução suave com desempenho adequado
Contra: interior é simples e na versão de entrada é bem pouco equipado.
Chery Tiggo 2 (a partir de R$ 59,9 mil)
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A Caoa Chery mostrou a que veio com o relançamento do Tiggo, o mais novo da lista que pudemos avaliar apenas durante o lançamento. O acabamento não fica atrás de nenhum concorrente com motor 1,5 litro flex de 115cv e câmbio manual de cinco marchas (o CVT chega em breve). Até o câmbio manual ficou bom com engates mais precisos, e a suspensão trabalha bem, apesar de uma certa dureza durante o trecho testado e alto nível de ruído do motor no trecho de estrada. Por R$ 67 mil inclui multimídia e câmera de ré.
A favor: preço, qualidade de montagem e nível de equipamentos oferecido
Contra: motor é muito ruidoso e a rede de concessionários ainda é muito pequena
Peugeot 2008 (a partir de R$ 72,9 mil)
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Quem ainda tem preconceito com as marcas "francesas" pode rever seu conceito a bordo do 2008. Refinado, tem motor 1,6 litro de até 118cv (etanol) e câmbio manual ou automático, o que eleva seu preço para R$ 78,5 mil. A lista de equipamentos de série é interessante com quatro airbags, ar condicionado dual-zone, volante multifuncional, multimídia com GPS e iluminação em LED. Resta só eliminar o ranço com antigos problemas de pós-venda da rede Peugeot.
A favor: boa posição de guiar, desempenho adequado e bom nível de equipamentos
Contra: preconceito com a marca que já teve problemas no pós-venda
Hyundai Creta (a partir de R$ 76.350)
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Lançado no final de 2016, o Hyundai Creta teve uma ótima aceitação do público na esteira dos SUVs compactos. A versão de entrada traz motor 1.6 Flex de 128cv (etanol) com câmbio manual automático de seis velocidades onde o preço salta para R$ 79,9 mil. Esta versão é a mais completa entre os avaliados de até R$ 80 mil: tem Kit multimídia, volante multifuncional, ar-condicionado digital e muito mais.
A favor: Bom espaço interno e nível de equipamentos.
Contra: Nas versões com motor 1.6 o Creta apresenta lentidão em arrancadas e ultrapassagens
Nissan Kicks (a partir de R$ 70.500)
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A Nissan lançou mundialmente o Kicks em 2016, época dos jogos olímpicos no Rio. Seu destaque é a leveza do motor 1.6 flex de 114cv. Está disponível no carro dois tipos de câmbio; um manual de cinco velocidades e o automático CVT. Nas versões de entrada o modelo é equipado com ar-condicionado manual, acabamento geral em plástico preto e bancos em tecido.
A favor: Bom espaço interno, posição de dirigir e extrema leveza
Contra: Nível de equipamentos e interior simples nas versões de entrada.