A pesquisa levou em conta gastos recorrentes do veículo
O mercado de veículos novos já cresceu 14,5% em vendas com 1,1 milhão de unidades vendidas no primeiro semestre deste ano, segundo dados consolidados da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos. Comprar um carro zero km é o desejo de muitas pessoas, mas sempre é bom colocar na ponta do lápis os gastos adicionais, como IPVA, seguro obrigatório, documentação e outros itens que pesam na hora aquisição, especialmente a manutenção preventiva e corretiva. Isso sem falar no próprio seguro contra roubo, imprevistos como um acidente por exemplo, combustível e pedágios ou estacionamentos.
A Proteste, entidade de defesa do consumidor, realizou uma pesquisa com os sete carros mais vendidos do mercado e constatou que Corolla, o sedã médio mais vendido em sua categoria e o Gol, que já foi líder do seu segmento, mas hoje figura entre os cinco modelos mais vendidos do mercado, são os carros mais caros para se manter.
A pesquisa levou em conta gastos recorrentes de um automóvel, que vão muito além de abastecer e trocar o óleo a cada seis meses.
Os modelos avaliados foram: Corolla GLI 1.8 Flex Aut; Gol Trendline 1.6T Flex; HB20 Comf Plus Style 1.0 flex; KA 1.0 SE/SE Plus TIVCT Flex; Onix LT 1.0 8V Flex Power Mec; Prisma Sedan LT 1.4 8V Flex Power e Strada Working 1.4 mpi Fire flex 8V
Desvalorização
A avaliação da Proteste consiste na análise da depreciação, custo do licenciamento, seguro obrigatório (DPVAT) e custos com combustível para rodar cerca de 1.200 quilômetros por mês.
O carro que mais sofreu com a depreciação em valores absolutos nesse período foi o Toyota Corolla GLI 1.8 Flex automático, chegando a perder R$ 20.490,96 em apenas três anos, seguido pelo Volkswagen Gol Trendline 1.6 MSi Flex (R$ 17.425,08) e o Chevrolet Prisma Sedan LT 1.4 8V Flex Power (R$ 15.175,90). Em contrapartida, o veículo com menor desvalorização foi a pick-up Fiat Strada Working 1.4 mpi Fire flex 8V (R$ 11.470,74).
Em relação ao custo mensal, o Corolla e o Gol Trendline também alcançaram as primeiras posições, já que o consumidor deve desembolsar R$ 1.613,30 e R$ 1.395,53, respectivamente, para manter o carro com as despesas mencionadas. O carro com menor custo de manutenção foi o Ford KA 1.0 SE/SE Plus TIVCT Flex, que irá exigir gastos de R$ 1.134,56 a cada ano em manutenções.
Combustível
A pesquisa da entidade prova que o consumo de combustível é um item importante a ser considerado na compra de um carro. O aumento recente nos preços dos combustíveis contribuiu para um gasto de até R$ 18.734,86 no período de três anos, despesa que o dono de uma Fiat Strada Working terá no período só para abastecer o carro.
O carro mais econômico da pesquisa foi o KA 1.0 SE/SE PLUS TIVCT Flex, que em custos com combustível ao longo de três anos somará R$15.126,67 com gasolina. Por isso, o consumo de combustível do carro deve ser um dos itens essenciais para ser levado em consideração na hora da compra.
Outro custo embutido que deve entrar na conta é a lavagem: Levando em conta uma limpeza a cada 1.000 km rodados, o que garante pelo menos uma por mês, a um custo médio de R$ 50,00 cada pelo serviço completo, o consumidor deverá desembolsar cerca de R$ 1.800 no período (em três anos). Para o estudo, não foram incluídos os cuidados especiais, como cera e polimento ou ainda eventuais reparos em caso de colisão ou mesmo um pequeno acidente doméstico como uma batida menor no para-choque.
Revisões
No que se refere às revisões programadas, de acordo com dados dos fabricantes nas paradas programadas, o valor ultrapassa sempre os R$ 1.500 no período de três anos em todos os veículos. Isso porque não foram contados com todos os possíveis itens que são trocados, apenas as peças da revisão programada como troca de filtros por exemplo.
Outro custo que precisa estar incluído na compra do veículo é o seguro opcional.