GLC agrada em duas versões SUV e coupé | Foto: Divulgação
Até o final do ano cerca de 200 motoristas brasileiros poderão desfrutar de um SUV premium que chega ao Brasil em duas versões: o Mercedes GLC 220d embarcou rumo ao país desde a fábrica em Bremen (Alemanha) e chega às concessionárias da marca em duas versões: Off-Road (R$ 294.400) e Enduro (R$ 329.900). Um terceiro modelo, equipado com motor a gasolina, também faz parte dessa onda de lançamentos: trata-se do GLC 300 Coupé, com pegada mais esportiva e ainda mais luxuosa, diferenciais que justificam seu preço mais elevado: R$ 362.900.
Uma viagem de cerca de 240 quilômetros foi a base desta avaliação por estradas predominantemente bem asfaltadas e um pequeno trecho não pavimentado. Percurso mais do que suficiente para confirmar duas características de destaque deste SUV de dimensões generosas. A começar pelo peso de 1.835 kg, massa distribuída por medidas como 4.659 mm de comprimento, 2.096 mm de largura, 1.644 mm de altura e 2.870 mm de distância entre-eixos.
Para mover o imponente conjunto existe um motor diesel turbo, de quatro cilindros, 2.0 que desenvolve 194 cv a 3.800 rpm e 40,8 kgfm de torque entre 1.600 e 2.800 rpm. São números suficientes para navegar a até 215 km/h, sempre andando com tração integral e explorando o câmbio automático de nove marchas.
Dentro do espaçoso habitáculo o nível de ruído é extraordinariamente baixo a ponto de se perguntar se o motor é realmente a diesel ou se ar-condicionado está ligado quando a resposta para ambas as questões é "sim". O estofamento de belo acabamento tem detalhes em madeira preta, algo que poderá agradar a uns e não outros; estes últimos se queixarão, sem dúvida, do peso das portas quando obrigados a desembarcar com o carro estacionado transversalmente em uma área inclinada.
Os bancos dianteiros são regulados eletronicamente, e a sensação de amplitude é reforçada pela boa área envidraçada e até mesmo pelas 10"25 da tela flutuante localizada no centro do painel, equipamento que demanda uma certa intimidade para aproveitar todas as ferramentas e aplicativos. Essa tela explora o sistema MBUX, que melhora a conectividade, e é sensível ao toque, embora um(a) assistente de voz é acionada cada vez que o motorista ou passageiro diga "alô, Mercedes" – uma voz feminina se oferecerá para responder suas perguntas. Se o seu celular tem capacidade de recarregar a bateria por indução, você terá um problema a menos: basta deixá-lo no porta-trecos do console central inferior.
O uso de sistemas de auxílio ao motorista revela as condições das estradas brasileiras: o Active Lane Keeping Assist é o nome inglês para o dispositivo que colabora para manter o GLC 220d andando na mesma faixa de rolagem em estradas e ruas com boa demarcação. Ocorre que para funcionar adequadamente o leitor ótico dessas faixas demanda sinalização do solo com nitidez e dimensões mínimas, o que está longe de ocorrer em nosso país. A câmera de 360° independe dessas falhas tupiniquins e funciona bem, assim como a câmara de ré de boa nitidez. O controle adaptativo de distância é eficiente a ponto de demandar um período de adaptação.
Cupê 300
Mostrado com certa discrição no evento de apresentação do GLC 220d, a versão 300 C Coupé turbo impressiona pelas linhas e acabamento mais esportivo e ainda mais requintado, a começar pelas rodas de aro 20" com pneus 244/45 na dianteira e 285/40 na traseira. O 220d usa pneus 235/55 nas quatro rodas de aro 19". O motor a gasolina (2.0, 258 cv entre 5.800 e 6.100 rpm e 37,7 kgfm de torque entre 1.800 e 4.000 rpm) permite alcançar 240 km/h, limite estabelecido eletronicamente. Todas as versões do GLC são equipadas com a caixa 9G-Tronic.
Outras diferenças entre cupê e SUV é a capacidade de carga. No 300 C ela vai de 500 litros (bancos traseiros não rebatidos) a 1.400 litros; no 220d esses números são de 550 litros e 1.600 litros, respectivamente, consequência do formato traseiro da carroceria. Vale destacar que ao contrário do concorrente BMW X4, o estilo adotado pela Mercedes ao cupê é mais equilibrado e atraente ao evitar a aparência pesada do rival bávaro.