Uma equipe de peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) de Recife começou nesta quarta-feira, 9, a investigar as causas do acidente com o helicóptero, prefixo PT-YZI, da empresa ABCfly (de Ribeirão Preto-SP), ocorrido na orla norte de Porto Seguro. Três pessoas ficaram feridas. O laudo deve ser divulgado em 90 dias.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fez vistoria no aparelho há seis meses e homologou o heliponto ao lado da barraca Tôa-Tôa, onde ocorreu o acidente. A agência, procurada nesta terça pela equipe de reportagem, não se manifestou sobre o caso. Um dos assessores alegou que “apareceram outras prioridades” e passaria a informação por e-mail, o que não ocorreu.
De acordo com o presidente da empresa ABCfly, Nelson Marcus, a utilização do local faz parte de um contrato com a barraca de praia. A empresa é responsável pela aeronave e pela contratação de um auxiliar de pista. A barraca de praia disponibiliza o suporte para os passeios.
Auditoria – O presidente da empresa declarou que a aeronave acidentada tinha passado por uma auditoria de rotina da Anac há seis meses. “O helicóptero estava com manutenção intocável. Eu mesmo trouxe ele de Ribeirão Preto, no último dia 26 de dezembro”, relata Marcus.
O piloto Fabiano Rufino, 34, que comandava a aeronave, é habilitado e preenche os requisitos para pilotar o aparelho, garante o empresário. Rufino trabalhava há apenas 5 meses na empresa, mas tem experiência em outras companhias.
Ainda nesta terça, o piloto prestou novo depoimento na delegacia de polícia e disse que teve dificuldade de controlar a aeronave na decolagem. Por este motivo, decidiu retornar ao heliponto, para um pouso forçado. A aeronave teria então capotado e incendiado em seguida.