Continua instável o estado de saúde do bombeiro militar Sidnei Paiva Oliveira, 34 anos, que teve 45% do corpo queimado pela esposa, Jane Karine Viana, 33, após uma discussão na residência do casal em Vitória da Conquista, a 509 km de Salvador.
A vítima sofreu queimaduras de 2º e 3º graus. Paiva, como é conhecido na corporação, tem 15 anos de serviço e é lotado na Central de Comunicação do 7º Grupamento de Bombeiro Militar.
De acordo com o comandante do GBM, coronel Eliseu Estrela, a vítima deve ser transferida para o Hospital Sagrada Família, em Salvador, assim que os médicos se pronunciarem. Por enquanto o bombeiro continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Samur, em coma induzido.
A escolha do Sagrada Família deve-se ao fato de a unidade possuir câmera hiperbárica, equipamento que ministra injeção de oxigênio sob pressão para acelerar o processo de cicatrização.
Além de inalar fogo, provocado por álcool, Paiva teve queimaduras na cabeça, tórax, coxas e genitália. O estado de saúde se agravou, conforme boletim médico, pelo fato de o fogo ter queimado as vias aéreas internas.
A transferência só não foi efetivada, segundo informações do Planserv (plano de saúde), porque o laudo emitido pelo Samur é “insuficiente para esclarecer alguns aspectos sobre o estado de saúde” da vítima. Um deles seria a estabilidade do quadro para fazer a remoção até Salvador.
A mulher do bombeiro foi presa em flagrante e está custodiada no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep). Em depoimento ao delegado plantonista, Jane Karine disse que cometeu o crime por vingança.
Segundo ela, durante o casamento fora vítima de constante violência e que, por diversas vezes, procurou a polícia militar para relatar o comportamento do marido. Também assegurou que prestou diversas queixas na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
A coordenação regional de polícia civil informou que os fatos serão apurados e o inquérito encaminhado ao Ministério Público Estadual.