Policiais civis e militares de Gandu, a 200 km de Salvador, prenderam nesta segunda, 01, Mateus Machado de Jesus, 18, no bairro Santo Antônio. Ele é acusado de manter a mãe, Iraci Lourdes Machado, em cárcere privado durante seis meses. A denúncia foi feita por vizinhos e pela irmã do acusado, Tamiles Machado, 22 anos. A vitima, que tem problemas neurológicos, era espancada diariamente pelo filho e apresentava várias manchas roxas no corpo. Os policias disseram que Iraci se queixou de dores na região genital e sangramentos, o que leva a investigacão a crer que ela teria sido estuprada pelo filho.
Segundo o delegado Madson Barros, durante toda a semana a policia tentou capturar Mateus, mas não obteve êxito. “Toda vez que chegávamos, ele fugia”, disse. Tamiles Machado, filha da vitima, contou a policia que sempre ouvia os gritos da mãe pedindo socorro. “Ele batia muito em minha mãe por causa de uma mulher, que ele botava sempre lá em casa”. A irmã disse ainda que Mateus usava drogas na presença da mãe.
O delagdo Madson Barros revelou ainda que o acusado reagiu a prisão subindo no telhado da casa. “Tivemos que cercar o fundo e nas laterais do lugar. Ele disse que para resgatar a mãe de Mateus, alguns vizinhos tiveram que tirar o rapaz de casa até a policia chegar.
Na delegacia, Mateus que é usuario de crack e maconha, negou que tenha espancado a mãe. “Só dei um empurrão nela, mas nunca a machuquei, disse. O acusado confessou que prendia a mãe em casa para protegê-la de um homem que sempre roubava a casa da família, mas que se arrepende do que fez. “Quero restaurar minha vida, trabalhar cortando cabelo, que é o que eu sei fazer” falou.
Ainda segundo o delegado, o rapaz sempre espancava Iraci em momentos de abstinência de drogas. O acusado disse que usa entopecentes desde os 15 anos de idade, mas que parou de usar crack há um ano.
Mateus Machado irá responder a processo por cárcere privado, agravado por lesão corporal de acordo com a Lei Maria da Penha, e também por estupro caso o abuso sexual seja confirmado pela perícia medica. Ele pode pegar até 20 anos de prisão.