O recém nascido que foi jogado pela própria mãe em uma fossa na cidade de Governador Mangabeiras ficará sob os cuidados de uma família substituta até que a Justiça se manifeste sobre com quem deverá ficar a guarda da criança. O bebê só irá para adoção caso os familiares paternos ou maternos não o aceitem. O conselho tutelar da cidade já está fazendo a seleção da família entre as que possuem cadastro no órgão. “Mas existe um familiar paterno que já demonstrou interesse em cuidar da criança. Vamos encaminhar através de relatório para o Ministério Público, que decidirá com quem o bebê ficará provisoriamente", informou o vice-coordenador do conselho, Jadielson Gomes.
O bebê, que ainda não tem nome, continua internado no berçário do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, onde já ganhou peso e recebe acompanhamento médico. De acordo com informações da diretora médica da unidade, Elza Chaves, ele foi tratado com antibióticos e nesta sexta-feira, 26, foi submetido a exames para ver a reação do organismo. Na próxima semana, será avaliada a alta médica. “Vamos esperar o resultado dos exames para analisarmos se ele terá condições de ir para casa ou não. Ele está bem, mas temos que ter cuidado levando em consideração o local onde foi encontrado”, revelou.
Na tarde do último dia 17, o recém nascido foi encontrado em uma fossa, onde foi jogado pela própria mãe cinco dias antes, logo após o parto. Joanice Ramos Moraes, 42 anos, chegou a ser levada para a delegacia, mas foi liberada após depoimento. Mãe de outros seis filhos, a dona de casa afirmou não estar arrependida do que fez. “Tenho um filho com um ano e três meses, mas não queria outro. Fiquei desesperada e joguei a criança no buraco da fossa”, disse na época à reportagem de A TARDE.