A Justiça Eleitoral de Itapetinga, a 590 km de Salvador, cancelou 10.985 títulos após revisão do eleitorado no município em 2007. Uma população equivalente à do município de Caraíbas perde direito a voto nas próximas eleições municipais por determinação do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE).
Antes da revisão havia mais de 44 mil eleitores inscritos na 140ª Zona Eleitoral. Hoje, apenas 34.630 eleitores estão habilitados a votar e a utilizar seus documentos. Segundo o TRE, o objetivo da revisão foi sanar algumas incoerências entre o número das pessoas residentes nos municípios e o número de eleitores.
A revisão evita irregularidades nas eleições, acrescenta a chefe interina do Cartório Eleitoral de Itapetinga, Catarina Fontes Moreira. “O que vai ficar é exatamente o número de eleitores que residem aqui, ou, por ventura, alguém que more fora e deseje vir votar. Aqueles que não residem em Itapetinga e tiveram o título cancelado terão que regularizá-lo", explicou.
De acordo com Catarina, a pessoa que não compareceu à revisão terá nova oportunidade, até o dia 07 de maio deste ano para solicitar um novo título no cartório de Itapetinga ou no cartório da localidade que escolher como domicílio eleitoral.
“Aqueles que não regularizarem sua situação com a Justiça Eleitoral sofrerão uma série de tormentos, como não poder votar nas próximas eleições, pagar multa, estar impedidos de fazer concursos públicos e vestibulares, bem como ações relacionadas com o mercado financeiro tais como abertura de conta e aposentadoria”, listou.
Para regularizar o título, o cidadão deve comparecer ao Cartório Eleitoral no Fórum de Itapetinga com comprovante de endereço atualizado (água, luz, telefone) e um documento oficial de identidade, com foto (RG, carteira nacional de habilitação, passaporte, reservista) e o título eleitoral cancelado.
O atendimento é feito das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira. Se preferir, pode procurar o cartório eleitoral da cidade onde se encontra, com os documentos citados, até 7 maio de 2008. "As pessoas não vêem a importância do voto, um exercício da cidadania. As pessoas têm esse direito e às vezes deixam de exercê-lo por não resolver sua condição", declara Catarina.