Grevistas puseram faixas na entrada do Fórum Ruy Barbosa, no Campo da Pólvora
A greve dos servidores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), deflagrada em 24 do mês passado, continua por tempo indeterminado. A categoria solicita o pagamento do reajuste salarial que estava previsto para 2015.
"Todos os outros servidores públicos já ganharam os seus devidos pagamentos, com exceção dos funcionários do TJ-BA. Apenas queremos o nosso direito", relatou Maria José, presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud).
Além do aumento salarial, a categoria também reivindica o pagamento de 5% referentes à última parcela do plano de cargos e salários (PCS). "Ainda não houve avanço nas negociações. O Tribunal de Justiça não quer nos atender, então continuaremos com a nossa luta", disse Maria José.
Conforme a assessoria de imprensa do TJ-BA, um anteprojeto que prevê aumento salarial linear dos servidores do Judiciário baiano foi enviado nesta segunda-feira, 3, à Assembleia Legislativa pelo presidente do tribunal, desembargador Eserval Rocha.
Limites
Em relação ao percentual do PCS, a assessoria de imprensa do TJ-BA informou que no momento não é possível aplicar o reajuste por conta de limites orçamentários.
Apesar da paralisação, nem todos os funcionários aderiram ao movimento da categoria. Os servidores da 11ª Vara da Fazenda Pública, do Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, têm mantido a rotina de funcionamento no cartório.
"Eu entendo que este não é o momento adequado para a decretação da greve e também não concordo com a forma como ela foi deflagrada. Existem questões da pauta que são relevantes e outros problemas mais importantes não constam nela", explicou Jaciara Cedraz, diretora da 11ª Vara da Fazenda Pública.
Jaciara Cedraz revelou, ainda, que concordaria com a luta se a categoria tivesse realizado manifestações para reivindicar seus direitos, sem interferir no funcionamento do cartório.