Cerca de 200 pessoas compareceram, nesta terça-feira, ao Cemitério Jardim Celestial
O sepultamento do taxista Renato Cardoso do Carmo, 57 anos, ocorrido no final da manhã desta terça-feira, 6, foi marcado por muita comoção. O profissional foi assassinado durante uma assalto na noite da última sexta e faleceu na madrugada de segunda, 5, no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
Após atingido por um tiro no tórax, foi submetido a uma cirurgia e seguiu para a Unidade de Terapia Intensiva, onde respirava com a ajuda de aparelhos.
De acordo com informações de policiais, Renato estava em um ponto de táxi ao lado do Hospital Emec quando foi abordado por dois adolescentes que pediram uma corrida até um parque de diversões situado ao lado do Shopping Boulevard.
"Mas na Maria Quitéria eles pediram para o colega entrar em uma rua sem saída. Como ele recusou, acabou baleado. Renato estava consciente e chegou a contar às pessoas que o socorreram o que havia ocorrido", contou Liomar Ferreira, presidente do sindicato dos taxistas.
Socorrido e conduzido para o HGCA, o motorista de táxi ficou internado por três dias após passar pela cirurgia. Mas na madrugada de segunda faleceu.
Segundo caso
"É o segundo taxista assassinado na cidade este ano, sendo o primeiro vítima de latrocínio. Se formos contabilizar os assaltos a taxistas, perdemos as contas. É muita violência", lamentou o sindicalista.
O sepultamento de Renato Cardoso ocorreu no Cemitério Jardim Celestial e foi acompanhado por cerca de 200 pessoas entre familiares, amigos e colegas de profissão. Ele deixa mulher e seis filhos.
O latrocínio é investigado pelo delegado André Ribeiro, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Feira de Santana, que já começou a ouvir testemunhas e familiares.
Liomar Ferreira informou que esta semana irá até a DRFR conversar com o delegado e pedir agilidade nas investigações. "Vamos pedir para que ele solicite as imagens das câmeras de segurança da avenida e dos estabelecimentos comerciais. Não poderemos deixar que este caso fique impune. Foi um pai de família, trabalhador, que morreu ao tentar buscar o pão de cada dia", destacou.