Lei determina que veículos circulem de dia com luz baixa nas estradas
A partir de 8 de julho, o uso de farol baixo nas rodovias durante o dia passa a ser obrigatório para todos os veículos. A Lei 13.290/2016 foi sancionada em maio passado pelo presidente interino, Michel Temer, e prevê multa de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira nacional de habilitação (CNH).
Na Bahia, a Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA) espera que, com a obrigatoriedade, ocorra uma redução de acidentes, principalmente nas BRs 101 e 116, rodovias federais de pista simples de maior movimento no estado.
De acordo com o chefe substituto do Núcleo de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal na Bahia (Nucom PRF-BA), Rafael Freire, espera-se que ocorra diminuição das colisões frontais, tipo de acidente onde há maior número de mortos e feridos graves, segundo o policial rodoviário.
Freire considera que o uso do farol baixo não é voltado para o condutor do veículo e sim para o que segue no sentido contrário. "O uso é fundamental para rodovias de pistas simples. É para o condutor que está no sentido contrário poder visualizar o veículo que está se aproximando. Quem está no sentido contrário pode não ver o veículo por conta de ondulações na pista e condições climáticas, como muito sol", destacou.
Em muitos casos, os condutores alegam que não conseguiram visualizar o outro veículo a tempo de tentar uma manobra defensiva e evitar a colisão frontal.
Opiniões
Para o caminhoneiro Antônio das Mercês, 27 anos, a obrigatoriedade contribuirá para que motoristas possam visualizar mais os veículos no trânsito. "Se tiver chuva e neblina e o carro for prata, a gente não vê. Isso vai ajudar a visualizar os carros que vêm no sentido contrário e os que estão atrás da gente também", opinou.
Também caminhoneiro, Alan Douglas Santana, 24, reforçou a ajuda que o uso obrigatório vai proporcionar. "Eu acho melhor para a segurança porque aumenta a visibilidade dos veículos. É algo necessário", disse.
O autônomo Paulo Paixão Filho, 38, afirmou que a lei pode contribuir para que os condutores atentem ainda mais para a manutenção dos veículos. "Para ter o farol baixo funcionando, tem que ter manutenção sempre. Se não tiver, é porque alguma coisa não está funcionando. A imprudência não é só do motorista. Às vezes, é o carro que não tem manutenção", ressaltou.
Fiscalização ordinária
Não há previsão de que a PRF-BA faça uma ação de fiscalização específica para o farol baixo. "Mas isso não significa que não será cobrado na fiscalização ordinária. O uso não exige uma operação específica. É de fácil constatação", acrescentou o policial rodoviário federal Rafael Freire.