Míriam Hermes | Foto: Felipe Iruatã | Ag. A TARDE
Luiz, pescador, levou 40kg de carne e fez churrasco
Municípios da região sul e extremo sul, Maraú, 422 km de Salvador, e Caravelas, 877 km da capital, já estão organizados em equipes e maquinário para fazer o descarte das carcaças de baleias Jubarte que encalham na costa.
>> Projeto estuda encalhe de baleias jubarte
Juntos, os dois municípios já contabilizam sete encalhes de carcaças este ano, sendo quatro em Maraú, nas praias de Taipu, Barra Grande, Saquaíra e Cassange.
Com 47 km de litoral, a prefeitura de Maraú tem uma equipe preparada para o serviço, de acordo com o coordenador de Regulação, Fiscalização e Monitoramento da secretaria Municipal de Meio Ambiente, Jorge Robson.
Ele ressaltou que os animais que chegaram na costa estavam mortos, alguns já em decomposição. "Em todos os casos nós tivemos que cortar em pedaços para o transporte".
Em Caravelas três carcaças de Jubarte encalharam nas praias de Iemanjá, Barra e Pedra do Leste este ano, exigindo mobilização especial para a retirada.
Duas foram enterradas e uma delas, para que o esqueleto seja utilizado em aulas de biologia e apreciação de moradores e turistas, está passando por um tratamento minucioso. Posteriormente, os ossos serão remontados.
Articulação
Em comum, Maraú e Caravelas, como os outros municípios onde as carcaças são encontradas no sul e extremo sul, têm o apoio técnico dos profissionais do Projeto Baleia Jubarte .
Segundo o diretor de pesquisa do Baleia Jubarte, Milton Marcondes, já existe uma articulação entre a entidade e as prefeituras da região para a execução deste trabalho. "Produzimos um folhetinho com as orientações necessárias do que deve ser feito e como fazer", disse.
Ele, que é médico veterinário, reforçou que as pessoas não devem interferir se encontrarem uma baleia encalhada, viva ou morta. "Por uma questão de saúde pública, devem acionar o IBJ pelo fone do plantão 73 98802 1874, para que as providências sejam adotadas".