Usuário de estabelecimento reclama de insegurança
Apesar da estratégia de segurança das lotéricas com blindagem dos guichês, usuários reclamam da falta de investimento para proteger quem utiliza os serviços.
O administrador Sandro Borges, 35 anos, defende um maior número de policiamento. “Esses lugares com grande movimentação de dinheiro devem que ter mais policiais e rondas. A gente se sente inseguro”, destacou.
O taxista Florisvaldo dos Santos, 35, aprova a iniciativa de blindar o estabelecimento, mas critica a falta de ações voltadas para os usuários. “A segurança é só para a casa lotérica. Quem é usuário não tem. Prefiro ir a um banco. Só optei por aqui porque estava vazio”, disse, ao sair da lotérica Itapoan.
Agente comunitária de saúde, Rosilane de Azevedo, 37 anos, também faz coro às queixas. “Só pensaram em quem está do outro lado do guichê. A gente fica na fila e não vê nem um segurança particular”, afirmou.
Os casos de assaltos a lotéricas assustam até quem trabalha próximo. “Não há segurança. Deveria haver um segurança particular ou policial e viatura fazendo rondas”, reclamou o barbeiro José Carlos Spuza, 46, que trabalha ao lado da lotérica Nossa Sorte, na ladeira da Cruz da Redenção, em Brotas.
Tiroteio
No dia 11 de fevereiro, um assalto ao estabelecimento da Cruz da Redenção terminou em tiroteio entre polícia e criminosos na localidade da antiga Coca-Cola, no Rio Vermelho. Na fuga, os assaltantes abandonaram o carro e roubaram um táxi.
A vendedora Márcia Nascimento, 41 anos, trabalha ao lado da Mega Axé, no Stiep. “É uma ação rápida, e a gente só vê o pânico dos funcionários. Fica o medo de alguém reagir e haver um tiroteio”, disse.
O presidente do Sinloba, Valdir Silva, afirma que não há nenhum plano de segurança voltado para a questão dos usuários. “Acho que quem tem que dar segurança à população é a Secretaria da Segurança Pública”, ressaltou.
Titular da Delegacia de Furtos e Roubos, a delegada Francineide Moura contou que prendeu, recentemente, dois homens, suspeitos de assaltar várias lotéricas.
“Um deles assaltava no Centro da cidade e outro no Rio Vermelho. Não posso traçar um perfil dos assaltantes porque os casos não são centralizados aqui. As queixas podem ser registradas nas delegacias territoriais”, disse.