“Eu não tenho mais onde bater para pedir ajuda, e meu filho está ameaçado de morte”, desabafa, desesperada, a empregada doméstica M.R.C., para explicar os motivos de manter o filho adolescente, de 17 anos, acorrentado dentro de casa. Ele é dependente de drogas e fica 24 horas com uma espécie de peia, aquela amarra de corda ou metal que se coloca nas patas dianteiras de eqüinos para evitar que fujam.
Mesmo acorrentado e sob a vigilância da família, o adolescente está conseguindo maconha, fornecida por conhecidos dele na Invasão da Jussara, em Feira de Santana (a 109 km de Salvador), onde mora. “Segunda-feira, eu fumei dois. Eles passam aí e me dão”, conta, apontando para a rua. Como não está mais trabalhando como ambulante e não consegue dinheiro para pagar a droga, o adolescente está, agora, correndo risco de morte, ameaçado por traficantes.
A Invasão da Jussara, ao lado do conjunto residencial Feira X, o maior da cidade, é um dos locais de maior incidência de tráfico na cidade, segundo a Polícia Civil.
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