Os bancários da Caixa Econômica Federal realizam assembleia às 18h desta quinta-feira, 14, no Ginásio de Esportes do Sindicato da Categoria, nos Aflitos, para decidir se mantém a decisão de não aceitar os 7,5% de aumento oferecido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última segunda-feira, 11. Os funcionários do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste e dos bancos privados na Bahia aceitaram o reajuste na noite de quarta-feira, 13, e retornam ao trabalho a partir das 10h desta quinta.
De acordo com o comunicado oficial divulgado no site do Sindicato dos Bancários na Bahia, das 93 agências da Caixa no Estado, 66 permanecem com as portas fechadas. "Depois de acirradas discussões com encaminhamentos a favor e contra, os empregados da Caixa decidiram, em sua maioria, pela manutenção da greve. Essa nova assembleia definirá o futuro do movimento no Estado", afirma a entidade.
Diferente da Bahia, na maior parte do Brasil os empregados da Caixa optaram pela aceitação da proposta da Fenaban, que além do reajuste de 7,5%, garante elevação do piso para R$ 1,6 mil, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e adicional de 4% do lucro líquido. Além das agências baianas, a paralisação está mantida nas unidades da Caixa Econômica nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pará, Amapá e Maranhão.
"Nesses estados, os bancários demonstraram inconformidade com o Comando dos Bancários e afirmam que faltou pressionar os bancos na busca por uma proposta que contemplasse todas os itens da pauta de reivindicações", analisa Juberlei Bacelo, presidente do Sindicato Nacional do Bancários (SindBancários).
Greve - Iniciada no dia 29 de setembro em todo o país, a greve dos bancários durou 15 dias. A categoria reivindicava um reajuste salarial de 11%, valorização dos pisos salariais, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), melhores condições de trabalho, entre outros.
Inicialmente, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não aceitou a proposta dos trabalhadores e ofereceu um reajuste de 4,29%. O impasse entre as duas partes continuou até que, na última segunda-feira, 11, a Fenaban reavaliou a proposta e ofereceu um novo aumento, desta vez de 7,5%, reajuste aceito pelos servidores dos bancos privados, do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste.
"Os trabalhadores já recebiam em média R$ 2.370,16 mensais, além de vale transporte, plano de saúde. Um reajuste de 7,5% é justo para a categoria que trabalha por 6 horas diárias em 5 dias da semana. Pedir um aumento maior seria abusivo" justifica a Fenaban em nota emitida no seu site.
Segundo o Sindicato dos Bancários na Bahia, durante os 15 dias de paralisação, foram 564 unidades bancárias fechadas no estado. Entre elas, 152 do Banco do Brasil, 66 da Caixa e 21 do Banco do Nordeste. Entre os bancos privados foram 25 unidades do Santander Real, 37 do Bradesco, 9 do HSBC, 28 do Itaú Unibanco e mais cinco de outras organizações financeiras, como Citybank e Safra.