Nesta quinta-feira, 7, os bancários completam nove dias de greve na Bahia. Apesar do movimento, que segundo o sindicato da categoria atinge 504 unidades em todo o estado, os clientes ainda encontram agências das redes privada e pública abertas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes, apenas 30% das 136 unidades do Bradesco, Itaú, Santander, Unibanco e HSBC estão fechadas. "Entre os públicos, são 65 agências da Caixa sem funcionar, 152 do Banco do Brasil e 21 do Banco do Nordeste", afirma.
Ainda segundo Fagundes, há expectativa de que a adesão ao movimento aumente nos próximos dias."A categoria não aceita a postura dos banqueiros, que não querem retomar a negociação e querem vencer a categoria pelo cansaço", destaca.
Porém, de acordo com o comunicado oficial da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a entidade aceita negociar com os bancários, desde que eles revejam o aumento que reivindicam. "Os bancos respeitam o direito de greve. O que não se pode admitir são os piquetes contratados que barram o acesso da população às agências para reivindicar um aumento exagerado", respondeu a Fenaban.
Nesta sexta-feira, 8, às 18h, os bancários realizam uma nova assembleia no Ginásio de Esportes do Sindicato da categoria, nos Aflitos, para reavaliar o movimento e definir novos rumos para a mobilização.
Greve - Os bancários entraram em greve, em todo o país, na manhã da última quarta-feira, 29, reivindicando 11% de reajuste salarial, valorização dos pisos salariais, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), melhores condições de trabalho, entre outros. Em contrapartida, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não aceitou a proposta dos trabalhadores e ofereceu um reajuste de 4,29%.
Na capital baiana, as áreas mais afetadas pela mobilização são os bairros da Barra, Itapuã, Comércio e Avenida Sete. No entanto, quem não encontrar uma agência aberta, pode recorrer aos caixas eletrônicos, internet banking ou atendimento por telefone. Uma outra alternativa são as casa lotéricas, que recebem pagamentos de contas de água e telefone, e as agências dos Correios e estabelecimentos de Supermercado, que recebem pagamentos de contas de luz da Coelba.
Em todo o país, o número de agências fechadas chega a 7.437. Os números superam os da greve realizada no ano de 2009, quando 7.222 unidades bancárias ficaram sem funcionar no Brasil.