Um acidente envolvendo uma charrete e uma van, na BR-030, em Guanambi, a 798 quilômetros de Salvador, matou o casal Valdemar Fernandes, 44 anos, e Eliene Rodrigues de Carvalho, 42, além de deixar seis feridos. Este foi o terceiro acidente fatal em menos de dois meses no trecho, elevando para cinco o número de mortos. O elevado número de buracos na rodovia - aliado a falta de sinalização e de acostamento - é a principal causa dos acidentes.
A Van, pertencente à Prefeitura de Guanambi, era conduzida por Jones Lima Caires, 34 anos. O veículo retornava da cidade de Vitória da Conquista com 14 pessoas que foram fazer tratamento médico naquela cidade, quando se deparou com uma charrete na pista.
O motorista conta que dois veículos trafegavam no sentido contrário. Baixei os faróis e, de repente, me deparei com a charrete na frente sem nenhum tipo de sinalização. O choque foi inevitável, sustentou Jones. O acidente ocorreu à noite, nas proximidades de um posto de combustível.
Valdemar e Eliene morreram na hora e nem o animal que puxava a charrete escapou do impacto frontal. Dos quinze ocupantes do veículo incluindo o motorista, seis foram medicados no Hospital Regional de Guanambi: Jones Lima de Caires; Soraia Rodrigues de Souza, 37 anos; Ângela Maria de Oliveira Magalhães, 38 anos; Maria Rita Cardozo França, 58 anos; Manoel Messias Cardozo Lopes, 33 anos e Maria Aparecida Antônia da Silva Santos, 40 anos.
Semana passada, dia 19, o carpinteiro José Carlos Pereira, 39 anos, morreu atropelado na BR-030, no trevo que liga Guanambi a Palmas de Monte Alto. A vítima estava de bicicleta quando foi colhida por um caminhão vermelho, placa GYI 6017 (Taiobeiras, Minas Gerais). O motorista fugiu.
CRATERAS - A rodovia federal BR-030, que liga os municípios de Guanambi e Malhada, está completamente destruída por buracos. Um trecho de 30 quilômetros, entre os municípios de Malhada e Iuiu, é o pior de todo o trajeto.
Crateras em toda a extensão obrigam motoristas de veículos grandes e pequenos a fazerem manobras arriscadas, utilizando na maioria das vezes o acostamento de terra. O risco de acidente aumenta por causa das ribanceiras e da completa falta de sinalização vertical e horizontal. A estrada é a única via de escoamento de produtos agrícolas para o restante do sudoeste e oeste da Bahia e região sudeste do país.