Velho Chico
A história se repete e os homens não aprendem a lição. Não é de agora que desejam levar as águas do Rio S. Francisco para além dos seus limites e não se obtém êxito, porque contrariar a natureza é remar contra a maré, chover no molhado, desvestir um santo para cobrir outro. Ademais, os governantes sabem como acabar com a famosa indústria da seca nordestina. Na região são-franciscana há uma força estranha e poderosa que defende o Velho Chico sem temor, representada na figura da carranca e nesta época em que voltam a tentar a transposição do rio, atentem para o que elas dizem: Você nunca arranca daqui o Velho Chico!
Mário Barbosa
Salvador BA
Salário-porão
O salário-teto do funcionário público do Estado da Bahia é divulgado como se fosse aplicado a todos os funcionários de nível superior, quando, na verdade, somente os desembargadores recebem a quantia de R$ 19.000. O salário-subteto, de R$ 12.000, é pago a juízes, promotores e procuradores do MP. Já o salário-primeiro-andar, em torno de R$ 7.000, vai para os procuradores de estado. O salário-térreo, em torno de R$ 6.000, é o acumulado para os coronéis da PM. Os motoristas do MP, último nível, recebem, entre salário e GPC (gratificação por competência) cerca de R$ 3.100, básicos, salário meio-fio. Os engenheiros, médicos, arquitetos, agrônomos e geólogos, aposentados, último nível, recebem o que se convencionou chamar de salário-porão, isto é, R$ 647. Com algumas gratificações e os descontos, sobram líquidos cerca de R$ 850. Estes profissionais de nível superior recebem o menor e mais ridículo salário do País. Por que tanta injustiça e discriminação com aqueles que dedicaram suas vidas em bem servir ao Estado?
Carlos Baptista de Souza
Salvador BA
Chuvas
Estou observando com muita preocupação as previsões de que as chuvas estão retornando a Salvador. Embora o período de estiagem tenha se prolongado até este mês de março, a Península de Itapagipe não se preparou limpando as suas bocas-de-lobo e caixas de sarjeta, o que favorecerá os alagamentos e mais uma vez o isolamento da região. Além das pinturas de meio-fio, pequenos reparos nas praças e regular coleta de lixo, todas ao longo das avenidas principais, o que mais o poder público faz em Itapagipe?
Cezar Brito
Salvador BA
Praias do lixo
As praias da Avenida e do Cristo, em Ilhéus, mais parecem um depósito de lixo: bacias, sapatos, tamancos, pneus, pets, restos de cama e armários, sacos plásticos, brinquedos e até um resto de liquidificador. Assisti a cães defecarem na areia e pessoas jogarem no chão embalagens de biscoitos e picolés, copos descartáveis e latinhas de refrigerante e cerveja. O mato cresce tanto que parece uma versão podre da Mata Atlântica. Já não distinguimos areia de sujeira. Na água, sacos plásticos nos assustam (lembram águas-vivas). Além da falta de educação do brasileiro, observamos o descaso total da prefeitura com esse local: não há cestos de lixo, não há limpeza e nenhuma autoridade que coíba a presença de cães. Saímos com a pior impressão possível da cidade.
Carlos Henrique de A. Nunes
Itiruçu BA
Identificar embarcações
Esperamos que a Capitania dos Portos venha desempenhar maior poder de fiscalização com as embarcações licenciadas, após a morte do salva-vidas atropelado por uma lancha a menos de 200 metros da praia de Ondina. O salva-vidas praticava caça submarina sem uso de sinalizador (bóia e bandeira), e a Capitania dos Portos ainda não tem notícias do piloto e da embarcação, que se evadiu do local do acidente. A Capitania deve ter um número de alvará para cada embarcação, e uso obrigatório nas laterais, e parte superior externa da cobertura. Assim, torna-se fácil sua visualização a certa distância no sentido horizontal ou vertical. Lamentamos a perda de quem ajudou a salvar vidas no mar.
Gilberto de A. Pita
Salvador BA
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