Os funcionários terceirizados da Fundação de Assistência Sócio-Educativa e Cultural (Fasec) que prestam serviços em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) da capital baiana entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira, 27. De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Armando de Assis, a mobilização acontece por conta de atrasos nos salários e tíquetes de alimentação.
Segundo informações de Armando, em reunião realizada entre representantes do sindicato e o titular da Secretaria Municipal da Educação, Esporte e Lazer (Secult), Carlos Soares, do sub-secretário Eliezer Cruz, dentre outras autoridades, ficou acertado que o pagamento do salário referente ao mês de setembro será efetuado no dia 5 de novembro em conjunto com o vencimento do mês de outubro. Até lá, o presidente garantiu que as atividades continuam paralisadas.
"Assinamos um acordo com a Secult sobre o pagamento. Os funcionários ficam com as atividades paradas até o dia 5 de novembro, quando será realizada uma plenária para avaliar o movimento", disse. Armando contou que se o repasse for efetuado na data acertada, o movimento será suspenso, caso contrário, continua por tempo indeterminado.

Categoria se reuniu nesta manhã em frente à sede da prefeitura para protestar
Em nota, a assessoria de comunicação da Secult informou que "o atraso
dos vencimentos é por conta de um problema orçamentário da prefeitura,
que está empenhando todos os esforços para que os funcionários
terceirizados da Fasec sejam pagos o mais breve possível, regularizando o
funcionamento dos CMEIs".
Além disso, a assessoria disse que as aulas não foram totalmente
suspensas, porque existem professores que são servidores da prefeitura e
que há funcionários terceirizados trabalhando nas unidades de ensino,
porém com quadro funcional reduzido.
Protesto - No início desta manhã, uma caminhada da Praça da Piedade
até a Praça Municipal - que complicou o trânsito no Centro da cidade,
segundo informações da Superintendência de Trânsito e Transporte de
Salvador (Transalvador) - reuniu cerca de 70 funcionários, que se
concentraram em frente à sede da prefeitura empunhando cartazes e
entoando gritos de "queremos nosso dinheiro".
Após alguns minutos de protesto, o titular da Secult (Secretaria
Municipal da Educação, Esporte e Lazer), Carlos Soares, saiu do prédio
para conversar com os manifestantes.
*Com informações de Paula Pitta, do A TARDE On Line