O acordo entre os movimentos sociais que lutam pela reforma agrária e o governo baiano para que a retirada de trabalhadores rurais de áreas invadidas seja comunicada previamente à Governadoria, mesmo com a concessão do mandado judicial de reintegração de posse, está prejudicando quem tem fazendas ocupadas por sem-terra.
Eles reclamam do cerceamento ao direito à propriedade. Uma reunião foi marcada para amanhã, em Salvador, entre representantes do governo, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e fazendeiros que tiveram propriedades invadidas, para discutir uma solução para o impasse.
Um dos mais indignados com a situação é o ex-prefeito de Valença Luis Góes Teles, que obteve um pedido de reintegração na Justiça, mas quando procurou a PM local para garantir a retirada dos 200 invasores de sua propriedade ouviu de oficiais que só poderiam cumprir a ordem com autorização do governo do Estado. Ele entrou com uma petição requerendo a prisão do comandante do 33º Batalhão da PM de Valença, Major Uzeda, por descumprimento de ordem judicial. Já o engenheiro Eduardo Bastos tenta retirar desde fevereiro, 60 invasores da Fazenda Repouso, de 189 hectares, que pertence à sua família, situada no distrito de Abrantes, próximo a Arembepe, município de Camaçari na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
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