O Serviço de Investigação (SI) da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) não tem pistas sobre o paradeiro dos 11 presos que continuam foragidos após a fuga em massa ocorrida na unidade na madrugada da última segunda-feira, 30. Na ocasião, 14 detentos fugiram pelo esgoto da delegacia após cavar um túnel com as mãos.
Segundo informações do SI, uma equipe de agentes está nas ruas dedicada ao trabalho de busca. Muitos dos detentos tinham audiência marcada para o decorrer desta semana. Gabriel Paulo Pereira, preso por roubo, iria apresentar-se perante o juíz na tarde da segunda-feira, dia da fuga.
Nesta terça-feira, a Polícia conseguiu capturar um dos foragidos. Luciano José Guedes dos Santos, conhecido como Cafezinho, foi preso por atentado violento ao pudor. Segundo informações de plantonistas da Dercca, Luciano foi capturado no bairro de Itinga, na casa da mãe, que mentiu dizendo que o filho estava em Brotas, na Invasão da Polêmica. O fugitivo foi encontrado num matagal que fica no quintal da casa, escondido atrás de pés de bananeira.
Além da prisão de Luciano, outros dois fugitivos se apresentaram espontaneamente na delegacia após a fuga. Na segunda, logo pela manhã, Cristiano Passareti, detido por atentado violento ao pudor, se apresentou na companhia do advogado. De acordo com ele, Cristiano teria sido ameaçado de morte pelos outros detentos se não participasse da fuga. Ainda na noite do dia da fuga, Anderson Batista Nunes, preso por roubo, compareceu à delegacia, também na companhia do advogado.
A fuga da unidade, localizada no bairro de Brotas, aconteceu por volta das 4h desta segunda-feira (30), quando quatorze detentos que estavam na área livre da prisão (que também é uma cela) conseguiram fugir pelo esgoto, que dá acesso à área externa do prédio. Os presos que permaneceram no cárcere e assistiram à ação afirmam que os fugitivos não tiveram dificuldade nenhuma de cavar, com as mãos, um buraco no chão, próximo ao esgoto, pois estava preenchido somente com areia. A delegada plantonista, seis agentes e uma escrivã que estavam de serviço no momento da fuga afirmaram não terem ouvido nada.