Em dia de chuva, os servidores da Defesa Civil suspenderam por tempo indeterminado a "Operação Chuva" nesta terça-feira (12). De acordo com Jeiel Soares, coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), 30% do efetivo de 400 trabalhadores estão trabalhando para atender ocorrências de emergências. Mas estão suspensos os trabalhos de tapa buraco, poda de árvore, limpeza de valas e bueiros, entrega de lonas e atendimento no órgão.
De acordo com o sindicalista, a categoria reivindica o pagamento da gratificação, auxílio transporte e vale-refeição. "Ontem (segunda) teve uma reunião com a Prefeitura, mas não chegou a acordo. A Prefeitura insiste em negligenciar nossos direitos. Eles dizem que depende de licitação para entrega dos tíquetes e vale-transporte, mas todo ano tem Operação Chuva, então essa situação tinha que ser programada e planejada", critica Jeiel Soares.
Segundo a assessoria da Defesa Civil, durante a reunião desta segunda, o sindicato foi informado que os tíquetes-alimentação e vale-transporte já estavam disponíveis para serem entregues aos funcionários. Conforme a Defesa Civil, representantes do sindicato teriam se comprometido a marcar assembleia para esta manhã na entrada do órgão, mas não compareceram.
A assessoria da Secretaria de Planejamento de Salvador (Seplag) foi contatada pela reportagem para falar sobre a negociação do pagamento da gratificação, mas não retornou o contato até o momento.
Apesar da paralisação, a assessoria da Defesa Civil informa que o telefone de emergência 199 continua funcionando normalmente, mas o atendimento pode ser demorado por conta do reduzido número de atendentes trabalhando. Até as 9h40 de hoje, foram registradas quatro solicitações de emergência, sendo um alagamento, duas ameaças de desabamento de imóvel e um deslizamento de terra.