Violência policial
A violência policial nas festas populares de Salvador voltará a ser discutida no segundo seminário da Comissão de Proteção e Defesa dos Direitos dos Afrodescendentes da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia, em parceria com o Disque Racismo.
A expectativa é que sejam apresentadas propostas para acabar com a violência, que se abate, sobretudo, sobre os negros neste período.
O objetivo é encontrar os meios de a sociedade civil organizada acompanhar de perto a ação policial durante o ciclo de festas populares que ocorrem na cidade até o Carnaval. Mas a campanha prosseguirá durante todo o ano, já que a violência policial em Salvador está longe de ser cíclica.
As autoridades competentes foram convidadas, mas o evento é aberto ao público interessado.
Amanhã, das 8 às 12h30, no auditório da OAB/BA (Piedade).
Exclusão
Este foi o Réveillon da exclusão para a comunidade do Rio Vermelho, que, no dia da festa, ficou impedida de passar pela escadaria que dá acesso à Praia da Paciência.
Os produtores de uma festinha privada realizada na área fecharam a escadaria, e o povo que tentou chegar à praia só passava se pagasse R$ 40.
Famílias inteiras se arriscavam a passar por uma escadinha estreita que dá num enorme e fétido esgoto de cerca de 1,5 metro de largura, pois a escadaria de acesso da Praia da Paciência um espaço público estava fechada para o povo.
A produção divulgava a festa como a confraternização mais bacana da cidade.
Para uns...
Fedentina
Funcionários do Colégio Central reclamam do fedor que se estabeleceu na frente do colégio.
Um contêiner de lixo, de propriedade da Vega, fica quase na entrada da escola.
No Natal, solicitações foram feitas à empresa, por telefone, para que os garis viessem recolher o lixo.
O lixo foi retirado, depois do Natal, mas o mau cheiro continua insuportável. Ao solicitarem a limpeza do contêiner, os funcionários do Central receberam como resposta a informação de que não é obrigação da empresa limpar o contêiner.
Lapa
Usuária de uma perna mecânica, uma senhora foi obrigada, ontem, a dobrar o percurso que faria para chegar ao terminal de ônibus da Lapa.
Ao chegar à estação, percebeu que todas (!) as escadas rolantes estavam desligadas.
Deu meia-volta e reiniciou a penosa caminhada para chegar ao local desejado.
Caixa
Clientes reclamam do funcionamento da agência da Caixa Econômica Federal da Estrada do Coco.
Como nas demais agências, o atendimento é problemático, com filas imensas e poucos caixas.
Só que lá foi implantado um novo sistema de atendimento, no qual o usuário precisa pegar uma senha no térreo e, para isso, pega uma fila considerável e depois se dirigir ao 1º andar, onde a fila é maior ainda.
Se fizeram com a intenção de melhorar o atendimento, não conseguiram.
Excesso
Não são só os comerciantes formais que estão reclamando do excesso de vendedores ambulantes na Rua Coqueiro da Piedade, principal acesso à Estação da Lapa.
Os próprios clientes se incomodam com o desconforto causado pela dificuldade em circular pelo local, já que no meio da rua fica espalhado todo tipo de mercadoria, de frutas a DVDs.
Há momentos em que se formam filas lentas! para que se possa chegar de um extremo a outro.
Nem a variedade de produtos oferecidos consegue melhorar o humor dos que passam por lá.
Valéria
Ano novo, problemas antigos.
Isso porque, entra ano, sai ano, e nada muda no bairro de Valéria. Falta esgotamento sanitário, as ruas não têm asfalto e o sistema de ônibus é precário.
Como nos anos passados...
Rio
Faz tempo que não se faz a descarga da água suja acumulada no leito do Rio Camurujipe, no trecho na frente do Parque Costa Azul.
De tão preta e densa, a água parece petróleo!
No leito do desvitalizado rio, a água parada que fica sob a estação de transbordo do Iguatemi está causando um mau cheiro insuportável.
Insetos
Moradores do Condomínio Jardim dos Pássaros, em Lauro de Freitas, passaram a noite da virada do ano em claro. Todos eles, inclusive crianças, idosos e até recém-nascidos.
Mas, ao contrário do que acontecia no resto do mundo, nenhuma festa que homenageasse o ano-novo foi a causa da vigília.
Na verdade, o que fez com todos ficassem acordados foram as muriçocas, que atacaram com vontade na chegada de 2006.
Ninguém conseguiu dormir, tal a quantidade de insetos.
Que maneira de começar o ano...
Tarifas
Pobre de quem precisa utilizar cartões telefônicos para fazer ligações da Telemar pelos orelhões da vida...
Se for de fixo para fixo, ainda dá para engatar uma conversação.
Mas, se o caso for ligação para celulares ou interurbanos, o usuário do sistema chega a se sentir ridículo e desrespeitado.
Os créditos se esgotam com tal rapidez e provocando tal desespero que fica difícil se concentrar em qualquer conversa.
Responsáveis por isso são os preços das tarifas.
tempopresente@atarde.com.br