É extremamente grave o estado de saúde do vigilante José Santiago de Jesus, 35 anos, ferido na explosão de um dos quatro galpões de uma fábrica de fogos de artifício no município de Olindina, na região nordeste do estado (a 230 km da capital). Com queimaduras em 100% da superfície corpórea, o paciente encontra-se sedado e respirando com ajuda de aparelhos. No início da manhã de hoje (18) ele foi transferido do Centro Cirúrgico para o setor de queimados do Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, onde está internado desde o dia 16.
“Só não foi queimada a planta dos pés“, resumiu o chefe da equipe de plantão do HGE, o cirurgião Jorge Cirne. Ele informou que a situação do paciente inspra cuidados para evitar insuficiência renal e respiratória, além de infecções, já que a pele é responsável pela manutenção da temperatura corpórea e proteção contra bactérias. “Sem esta proteção, o paciente corre sérios riscos de infecção“, disse.
”Em condições ideais, ele deveria estar em uma bolha”, disse o médico. José Santiago está recebendo acompanhamento 24 horas por dia de uma equipe médica formada por um anestesista, que é responsável pela sedação, e pelo coordenador do Setor de Queimados, Carlos Brilha.
Acidente - José Santiago ficou gravemente ferido depois que um dos quatro galpões de uma fábrica de fogos de artifício explodiu no início da manhã da última terça-feira (15). Um provável erro cometido por funcionários de uma fábrica de fogos de artifício no manuseio de pólvora teria causado a explosão.
De acordo com relatos de testemunhas, enquanto funcionários saíam correndo depois de constatarem fumaça no interior da fábrica, o vigilante entrou correndo no galpão para tentar impedir um acidente de maior proporção, mas foi surpreendido pela explosão que atingiu também os escombros da construção.
O delegado Flávio Augusto Andrade Góes, que acompanha o caso, informou que a fábrica de fogos funciona legalmente e tem isolamento necessário das habitações, além de extintores de incêndio em seus quatro galpões, como exige a fiscalização. Peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Alagoinhas vistoriaram o local no dia do incidente e informaram que final estará pronto em até 30 dias.