Alunos de várias escolas escreveram sobre o ano que começa; confira
A TARDE convidou instituições de ensino a enviarem redações de seus alunos sobre o que esperam do ano que se inicia.
A resposta veio na forma de textos criativos que expressam diferentes anseios relativos à vida pessoal, familiar, melhorias das condições de vida, do sistema educacional e dos meios de transporte para que, de fato, contemplem a mobilidade. Também foram quase unanimidade as opiniões dos que almejam um país menos corrupto e igualitário.
Sem sucumbir aos clichês, os jovens materializam visões de uma realidade nacional oposta à atual, conscientes de que as utopias podem ser construídas quando elas são realmente catalisadas pela maioria.
Aluna do Colégio Antônio Vieira, Beatriz Essingler, por exemplo, diz que não adianta esperar por mudanças na atual realidade do país sem que as pessoas atuem de forma proativa "e não como meras peças do destino".
A também aluna do Vieira Letícia Escorse mostra-se preocupada com as demandas competitivas impostas pela globalização.
"A competitividade se tornou onipresente nos ambientes de trabalho, e a qualidade do profissional é determinante".
O domínio do mundo virtual preocupa os que desejam uma retomada das relações humanas tradicionais: "Por que resumir as coisas mais prazerosas da vida em cliques?", questiona a aluna do Colégio Oficina Marina Tadei.
Abaixo estão os nomes dos estudantes que participaram e os textos que eles prepararam. Clique no nome para ir direto ao que cada estudante produziu:
Adriano Luz, Colégio Estadual João Caribé
Ayala Oliveira, Colégio Antônio Vieira
Beatriz Essingler, Colégio Antônio Vieira
Bruna Galvão, Colégio Oficina
Camila Silva, Colégio Estadual João Caribé
Carolina Mota da Silva Telles, Colégio Anchieta
Clara Nachef Borges, Colégio Antônio Vieira
Cristiane de Jesus Silva, Colégio Estadual Marcílio Dias
Demires Santos, Colégio Estadual João Caribé
Drielle Dandara, Colégio Estadual João Caribé
Gabriel Magalhães, Colégio Anchieta
Henrique Azoubel, Colégio Antônio Vieira
Ian Andrade Alves, Colégio Oficina
Isabella Sales de Macêdo, Colégio Anchieta
João Paulo Telles, Colégio Anchieta
Juliana Magalhães Andrade Costa dos Reis, Colégio Oficina
Leila Lavínia Lopes Santana, Colégio Estadual Marcílio Dias
Letícia Escorse Requião, Colégio Antônio Vieira
Liz Maria Mariani Dias Dórea, Colégio Oficina
Luana Chacra, Colégio Antônio Vieira
Marcus Vinicius, Colégio Antônio Vieira
Marina Tadei, Colégio Oficina
Matheus Machado Diniz, Colégio Anchieta
Sarah Barreto Ornelas, Colégio Anchieta
Sarah Sacramento Lopes Cerqueira, Colégio Anchieta
Silvio de Paulo dos Santos, Colégio Estadual Marcílio Dias
Tailane Marques Costa, Colégio Estadual Marcílio Dias
O que esperar de 2014?
Adriano Luz, Colégio Estadual João Caribé
O ano de 2014 já está perto de começar e, como de costume em todo ano que se inicia, as pessoas fazem pedidos que geralmente são bastante clichês como amor, dinheiro, bens materiais, ou seja, pedidos básicos que nunca saem de moda.
O novo ano tem que vir embalado nos movimentos sociais que pararam o país para que a conquista de um governo justo, igualitário, sem corrupção e leal com suas promessas seja apenas questão de tempo. 2014 tem que ser o ano em que os povos do Oriente e em toda a parte do mundo, que luta por um governo democrático, conquiste seus objetivos para assim acabar com as guerras sangrentas que assolam com a população. 2014 é o ano para que a elite global comece a se preocupar verdadeiramente com os países de terceiro mundo e não tentar tapar buracos com ajudas ineficazes.
2014 não pode ser apenas mais um ano, tem que ser o início de um novo tempo onde os hipócritas corruptos largarão o poder, fazendo a população acreditar num futuro mais promissor.
Ayala Oliveira, Colégio Antônio Vieira
Espero duas mil e quatorze realizações, espero notas boas, espero dedicação no que faço, espero ser o que não fui em 2013, espero no ano que vem poder realizar grandes sonhos, posso talvez esperar muito, esperar tudo, mas acho simplesmente melhor não esperar nada, de mim, nem dos outros. É muito comum a pergunta "o que esperar para o próximo ano", pois existem vários aspectos englobados, mas de uma coisa tenho certeza, quero ser responsável pelas minhas conquistas.
Quero em 2014 poder ver uma cidade melhor, um país melhor, um mundo melhor. O ano de 2013 ficou marcado por diversos protestos em prol de melhorias em relação à educação, saúde, política, isso faz parte de um processo de mudanças que certamente resultarão em transformações significativas, talvez não agora, mas no futuro, espero eu que este esteja bem próximo!
Neste ano o mundo perdeu um grande líder pacifista, Nelson Mandela, um homem que lutou sempre por igualdade! Lutou por liberdade, não somente a sua liberdade, mas a liberdade de seu povo, a liberdade de uma voz que estava calada. Seus propósitos foram em parte alcançados, mas no mundo ainda existe preconceito, e é esse que eu gostaria de ver extinto em 2014.
Pretendo afincar-me num hobby que pode vir a ser algo sério, o jornalismo, que como disse meu amigo Marcus, "esperar que um dia, esse fiasco que atende por BUROCRACIA possa acabar! Utopia? Talvez. Mas a vontade dentro de mim é enorme!" , poder acabar com a injustiça que ainda existe no mundo é um desejo, ou ao menos tentar. Que 2014 seja melhor, que seja justo.
Beatriz Essingler, Colégio Antônio Vieira
Um novo ano é mais uma oportunidade para fazer um ano novo. Talvez a mais significativa delas, já que até a atmosfera é propícia.
A menininha de olhos verdes, que se atira do décimo segundo andar do ano, nos mostra o mundo, as pessoas, a vida com seus olhos.
Mais até: convida, aliás, convoca a renovarmos nossas esperanças, expectativas. Contudo, não sejamos tão ingênuos; ela tem o costume de ser otimista demais. Mudanças exigem esforço, possuem complexidade - o que é complexo é feito de muitas dobras.
Por mais que se pregue o contrário, esperar a gente sempre espera. O cerne da questão é como e o quanto se espera. Sejamos "esperantes" proativos, e não meras peças do destino, do universo, ou do que mais se acredite. Na fluidez que atravessa os dias, tornamo-nos marionetes sem perceber. Caricaturas mal feitas daqueles que sonhamos em ser na virada de um ano. E, não sendo diferente da imensa maioria, eu também espero.
O que esperar de um ano tão singular como 2014? Espero que os gols do futebol se convertam em gols em saúde, educação, infraestrutura. Mais: que promessas de campanha sejam realizações, e não mais uma jogada de marketing. Espero mais atitude, solidariedade, compreensão. Espero que nos desarmemos, não apenas militarmente, mas uns com os outros. Pense: é muito diferente do que você espera? O que nos une na espera é a nossa principal expectativa, à parte as idiossincrasias. Esta é fundo sob a figura de qualquer de nossas esperanças: mais humanidade.
Entretanto, isso não implica esperar mais de fora do que de dentro. Tende-se a pensar a humanidade como algo extrínseco, distante, como todas as bilhões de pessoas do planeta. Não é apenas isso. É preciso pensar a dimensão intrínseca a nós, a que reside nos recantos de quem somos. Penso que enquanto esta não for buscada, analisada, elaborada, o que quer que desejamos externa e coletivamente pairará sobre nós como algo inalcançável, vão. A base do que é humano em nós é a humildade, que nos faz reconhecer nem mais nem menos de quem somos, do que somos, ou do que desejamos ser. Acredito que nossas expectativas de um ano para o outro trazem a mesma essência, apenas apresentam-se de um novo jeito. O poder de transformação reside na maneira como esperamos, e o que fazemos com o que nos acontece. O êxito jamais será garantia, mas tentar é imperativo. Acreditar é o que nos impele ao primeiro passo, indubitavelmente o mais difícil. Talvez tenha me deixado conduzir pela encantadora menina dos olhos verdes. Mas assim como ela ainda acredito na capacidade humana, aquilo que nos diferencia e torna real o utópico, o impossível possível.
Bruna Galvão, Colégio Oficina
Mais uma vez aquela expectativa de fim de ano. Tem sido assim faz tanto tempo que meus poucos anos de vida não me permitem contar, e passamos a virada do ano com apenas um desejo: "Que esse ano seja melhor que aquele que passou".
Eu torceria apenas pelo clichê, desejando muita paz e muito amor, mas sou um pouco mais ambiciosa. Tenho dito isso, espero que, nesse ano que bate na nossa porta, possamos viver. Não digo apenas respirar ou existir, mas sim viver com toda a amplitude dessa palavra. Sonhemos também. Porque o sonho é a base de qualquer realização. Tudo começou com um sonho. Mas, para sonhar, é preciso força, então, a desejo também. Força para superar o desafio da vida, o qual nem sempre é duradouro ou fácil. Logo, espero que encontrem a paz aqueles que foram levados pelo destino final de todos, sendo retirados da batalha da vida, e agora vivem a temida "morte". Desejo paz também para aqueles que ficaram e ainda lutam na batalha do dia a dia. Desejo axé, saravá, fé.
Para finalizar, espero que, como cantou Milton Nascimento, possamos "Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia, beber o vinho e renascer na luz de todo dia".
Camila Silva, Colégio Estadual João Caribé
Espero um país melhor, mais justo, com um governo correto. Que este ano novo venha com paz, harmonia e mais segurança escolas com qualidade, que os futuros filhos tomem gosto pelos estudos e saiam das drogas. Gostaria de um 2014 com menos congestionamentos, com metrô para facilitar a vida do povo, mais passarelas e sinaleiras, recapeamento das pistas. Acredito que todos nós queremos um país com visão: esquecer mais o futebol e ampliar oportunidade de emprego, cursos, escolas, hospitais de qualidade, casas de caridade, etc.
No Brasil, acredito que dando oportunidade aos jovens para ocuparem suas mentes se diminua o envolvimento de jovens com drogas. Que o povo brasileiro se manifeste mais em defesa dos seus direitos. Não apenas em 2014 mas nos anos vindouros.
Carolina Mota da Silva Telles, Colégio Anchieta
Prosperidade e sucesso são palavras comumente associadas ao ano novo. São repetidas em diversas línguas como consequência da virada de ano, enquanto bilhões de pessoas ao redor do planeta sussurram mentalmente que tudo vai ser melhor. O mundo vai ser mais pacífico e a vida mais justa, pois nesse ciclo industrializado de esperança, a cada 12 meses nossos sonhos ganham um novo gás pela comum fé na renovação.
Investidores deixam de lado a verdade de que o Brasil mergulha em 2014 com a economia desaquecida e credibilidade desgastada na política econômica; cidadãos deixam de lado que, nas eleições que estão por vir, quase todos os partidos lançarão candidatos, mas poucos serão os políticos que têm como motivação o bem estar da população; pessoas conscientes deixam de lado que mais alguns milhares de quilômetros quadrados serão desmatados na Amazônia. E de todos esses que assistem a virada de ano, um em cada oito precisam deixar de lado a fome para abrir espaço para a esperança de um futuro melhor.
É fácil prever que a Copa sediada no Brasil provoque grande comoção, mas cabe a nós brasileiros avaliar as consequências da festa para aqueles que ficarão para varrer a bagunça. Afinal, os protestos que o país assistiu no ano de 2013 deixaram claro que não é mais viável esconder corrupção e desigualdade, entre outras mazelas, embaixo do tapete. Já que investimos tanto em estádios, que essa mesma eficiência se faça presente no desenvolvimento de setores fundamentais como educação e saúde. E talvez, conseguindo reproduzir a tal esperança de Ano Novo por mais 364 dias, o sonho de prosperidade para o Brasil vá além de meras listas de resoluções daqueles que tem fome de um país melhor.
Clara Nachef Borges, Colégio Antônio Vieira
Ano novo, novos pensamentos, novas expectativas, novos sonhos... A cada ano que se passa surgem novas coisas na cabeça de todas as pessoas, elas renovam sua mente e esperam novos acontecimentos. O ano novo na verdade é uma forma de recomeço, de reflexão. É a época em que reestabelecemos nossa rotina, e, de uma certa forma, nos desprendemos do passado e focamos no futuro.
E esse ano aí? O que esperar dele? Perguntas que geralmente nos fazemos ao chegar nessa época. Em 2014 devemos realmente abrir nossas mentes para lidarmos com novos ares, novas pessoas e ambientes. Será o ano da copa, em que receberemos tanta nova gente em nossa terra e que de uma certa forma teremos que nos unir para mostrar a todos esses visitantes a nossa hospitalidade e alegria tão características do nosso país.
O novo ano também exigirá de nós muita consciência. Ano de eleição em que mais uma vez iremos escolher os governantes a quem entregaremos nossa confiança. Por isso temos que ter certeza da nossa escolha.
Nesses últimos dias que nos restam de 2013 vamos aproveitar para determinar nossos desejos para 2014, para definir algumas coisas que queremos que aconteça, porém para que consigamos isso, é necessário "apagar" algumas coisas que ficaram, e nos concentrarmos apenas em nossos pedidos e pensamentos positivos.
E uma coisa que pedimos a cada ano é a paz e a saúde, palavras que estão diretamente ligadas ao ano novo e que em nosso mundo atual não estão aparecendo tanto assim. Nunca é demais pedirmos saúde e paz a todos aqueles que nós gostamos e a aqueles que não conhecemos também.
Para os nossos pedidos serem idealizados precisamos, acima de tudo, da fé de cada um. Nesse final de ano é recomendado uma dose a mais de fé para todos, pois só assim poderemos acreditar em um mundo melhor em 2014 e enfrentar esse novo ano de cabeça erguida.
Quem sabe se nesse ano, a tranquilidade tão esperada e pedida, se faça valer em nosso planeta?
Cristiane de Jesus Silva, Colégio Estadual Marcílio Dias
Espero que seja um ano de muita paz, mais amor, mais respeito, mais confiança, mais sabedoria, mais solidariedade, mais prosperidade, mais saúde, mais educação. Enfim, que seja um ano marcado por coisas boas. E que todos os meus sonhos, desejos sejam almejados.
Que seja um ano de conquistas e vitórias na minha vida e na vida de toda a minha família e amigos.
Que nesse ano novo a paz venha virar rotina em nosso país e no mundo, já que nesse ano de 2013 tiemos um país marcado por injustiças e inúmeras violências.
Busco também crescer na vida, lutar pelos meus objetivos, me qualificar com cursos para que assim eu possa conquistar o meu espaço no mercado de trabalho, para ajudar aos meus pais, pois eles merecem tudo de bom que eu possa lhes oferecer.
Trago comigo uma pequena frase que me ajudará bastante durante a minha jornada: "Desistir é a saída dos fracos e insistir é a vitória dos fortes" por esse motivo não desistirei de lutar para conseguir tudo aquilo que eu quero.
Demires Santos, Colégio Estadual João Caribé
A cada final de ano que se aproxima surgem novas expectativas, novos planos para o ano que vai iniciar. Com 2014 não será diferente.
Sonho com um Brasil melhor em 2014, um país próspero, produtivo, digno de todos os acontecimentos positivos que venham a acontecer nesse ano. Espero dias ensolarados e chuvosos também, poder alcançar todas as metas traçadas além de concluir o que ficou em falta no ano anterior.
Quero fazer em mim a mudança que quero ver.
Que 2014 não venha para me surpreender, mas que ao chegar eu seja surpreendido. Novos caminhos, novos laços, um olhar diferente para um futuro melhor. Um 2014 repleto de saúde, amor, paz e dedicação nos estudos.
Drielle Dandara, Colégio Estadual João Caribé
O futuro é algo inconstante que não se pode prever. No entanto, ao inicio de cada ano formamse planos e sonhos, fazemse promessas com o objetivo de tornar o novo ano melhor que o anterior.
Enfim, 2014 está próximo e o que eu espero? O que desejo não está baseado somente em anseios pessoais, mas sim na melhora do que está ao meu redor: o mundo. O qual afetame grandemente.
Espero uma humanidade com mais consciência de que suas ações tem consequências e que haja um desenvolvimento maior do espírito solidário.
Desejo um governo justo para com todos, que contribua para o desenvolvimento dos cidadãos, proporcionando condições realmente satisfatórias para a vida.
Anseio que os laços que cultivo com minha família e amigos se fortaleçam. Estou também caminhando para a realização do meu futuro profissional e que todos os meu esforços sejam recompensados nesse campo.
Que 2014 seja inicio de um novo tempo, de mais amor, paz, justiça e felicidade.
Gabriel Magalhães, Colégio Anchieta
2013 está chegando ao fim. E com a sua ida, começam a surgir todos os planejamentos e sonhos que todos nós fazemos nessa época.
Pulamos sete ondas, imaginamos um ano melhor e criamos expectativas gigantescas. Porém, na maioria das vezes, esses sonhos são esquecidos, passam em branco e só reaparecem no final do outro ano.
Ao planejarmos a nossa vida para o ano seguinte, focamos no melhor para nós. No quanto podemos ganhar, no quanto podemos crescer e até onde podemos chegar. Porém, quase nunca pensamos nas outras pessoas e é justamente para elas que precisamos olhar para fazer com que esses sonhos se realizem.
Desejo que o pensamento das pessoas mude em 2014. Que ao ligarmos a televisão não vejamos tantas mortes, tanta miséria, tanta violência. Que possamos sair de casa para onde e quando quisermos com segurança. Que voltemos a acreditar na justiça. Que a diferença entre os povos exista, mas que seja cada vez menor o ódio entre eles. Que a dignidade, a honestidade e a lealdade sejam valores constantes no nosso dia a dia.
São sonhos possíveis de serem alcançados? Claro que sim. Mas que necessitarão de total dedicação e interesse por parte de todos.
E lá vem mais um desejo: que as pessoas passem a mostrar mais interesse em ajudar o próximo.
Nós precisamos sonhar alto, para assim moldarmos o mundo de um jeito melhor e mais justo para todos. Todos esses meus desejos não se realizarão em 2014, mas fazendo a minha parte tenho certeza que estarei contribuindo para que eles se tornem realidade um dia.
Henrique Azoubel, Colégio Antônio Vieira
A cidade de Salvador e o Brasil (assim como todos os países) sofrem, ambos, uma profunda transformação devido à Copa do Mundo em 2014 (Aeroportos interditados, por exemplo), e nem sempre isso significa boas consequências para o país.
Com essas mudanças, muitas pessoas foram relocadas e muitos espaços de lazer foram removidos para a construção e modificações em estádios e em rodovias. Todos os habitantes do Brasil, então, perceberam que vivem em um lugar que ainda não está pronto para sediar um evento tão grande, mas que para fazê-lo, é necessário muito sacrifício para tornar locais antes inadequados agora próprios para esta competição.
Tudo isso faz com que nossa população sofra com falta de lazer e, ás vezes, de moradia. Porém, quando a Copa acabar, como ficará o Brasil? O nosso lar será um país que fez com que o povo sofresse para se adequar aos padrões da FIFA, mas e depois? Tudo continuará assim? Eis a dúvida que está presente em todo o Brasil.
Uma solução para esse problema é construir estádios que possam, além do futebol, ser úteis para praticar outros esportes (um bom início para as olimpíadas), para educação pública (além de educação, poderiam usá-los para praticar esportes com os alunos) ou para shows. Os baianos, por exemplo, precisam sair do estado para competir. Com isso, não mais. "Dois coelhos mortos com uma cajadada só".
Ou seja, este multiuso das instalações ofereceria um espaço precioso em metrópoles, o que está em falta hoje em dia. Além disso, os estádios poderiam ser utilizados para sessões eleitorais neste ano de eleições e postos de saúde. Isso incentivaria torcedores a cuidarem melhor da sua integridade física, contando também com a possibilidade de acolher setores do serviço publico, aumentando a segurança em estádios e arredores.
Em todo ano que surge, temos que ter esperança. "Um dia melhor virá".
Embora 2014 seja um ano de muito movimento, o Brasil ganhará muito com o turismo e poderá mudar a situação de muitas famílias no Brasil.
Apesar de tudo, estamos em casa, o que dá uma vantagem enorme à seleção. A torcida delira enquanto começa uma nova Copa. Vamos, torçamos pelo Brasil, estamos rumo ao Hexa!
Ian Andrade Alves, Colégio Oficina
Perguntaram-me o que eu espero de 2014. Eu, pacato, pensei: "uma namorada, um bom desempenho escolar, saúde e ótimos amigos".
Mas, logo antes de responder, ocorreu-me uma ocasião em que um amigo, absorto, confessou-se para mim: "Tenho medo de que, no futuro, eu não mais ouça às bandas de que agora gosto, não mais faça as coisas que agora faço e nem mais ame quem eu agora amo".
Respondi o seguinte: "O grande prazer da vida está em ouvir aquela música nova, experimentar coisas nunca feitas antes e amar cada vez mais gente e cada vez mais incondicionalmente. Portanto, meu amigo, não tema o novo. Anseie por ele, abrace-o com força, faça-se e desfaça-se dele".
Então quando perguntaram-me o que eu espero de 2014, eu, já cansado de me limitar às superficialidades usais, disse: do ano que vem eu espero tudo! Tudo a que tenho e a que não tenho direito. O que eu quero e ainda possa querer. As coisas que não fiz e as que vou fazer de novo. Afinal, se são só expectativas, por que não "imensidá-las"?
Isabella Sales de Macêdo, Colégio Anchieta
Novo ano. Novas esperanças. Novas chances. Cada ano que chega, é um recomeço, traz um sentimento otimista de que é tudo possível, tudo vai dar certo. Mas o que esperar de um ano que sucede um outro tão surpreendente? O que está por vir depois da "Primavera Brasileira", da renúncia do papa, da morte do líder venezuelano, do leilão do pré-sal, dos abalos na economia brasileira, do julgamento do mensalão?
Um ano de oportunidades. Temos a chance de mudar a visão externa sobre o país, mostrar a nossa capacidade de desenvolver um evento como a Copa do Mundo, perder o estereótipo que nos foi concedido. O Brasil pode mostrar que não é só festa, praia, floresta e futebol, mas um país sério, com alto desenvolvimento tecnológico, organizado e de grande potencial econômico.
Estádios sozinhos, entretanto, não são uma nação, não representam o sucesso na realização da Copa. É necessário infraestrutura: aeroportos, meios de locomoção, segurança, rede de hotéis e outros estabelecimentos para atender às necessidades de jogadores e turistas. Mas parece que os planejadores esqueceram desse detalhe. As obras estão correndo contra o tempo para serem terminadas, e vários investimentos na melhora da infraestrutura das cidades-sede foram esquecidos. É preciso tomar cuidado com a impressão que queremos passar do nosso país, afinal, o mundo todo estará nos assistindo, pronto para realizar seu julgamento.
A Copa ainda nos oferece a possibilidade de injetar um pouco de gás na nossa economia, mudando o momento de alta da inflação e dos juros, e melhorando os índices econômicos. O evento e sua preparação estimulam os setores de construção civil, mídia, transporte, comércio e turismo, o que pode agitar o quadro econômico do Brasil. As obras necessárias para esse grande acontecimento pode mudar a realidade das cidades-sede, deixando uma melhoria na infraestrutura que vai além do período em que acontece a competição e pode beneficiar todos os cidadãos.
2014 guarda também o futuro político brasileiro, é ano de eleição. Após o grito nas ruas, que clamou por justiça e melhor saúde, educação, segurança, transporte e administração pública, além de demonstrar sua insatisfação em ser constantemente enganado, o povo terá sua chance de escolher. Ele pode acreditar que seu grito pela democracia será ouvido ou que mudanças devem ser feitas.
É um ano novo, um recomeço; 2014 é um oportunidade de mudança. Podemos aproveitar essa chance e iniciar a escrita de um novo capítulo da nossa história. A listinha de ano novo já está feita.
João Paulo Telles, Colégio Anchieta
Às vésperas do ano novo, uma pessoa chamada Brasil resolveu escrever sua lista de metas para 2014.
"1. Apresentar uma bonita Copa do Mundo; 2. reorganizar a casa para os filhos que, em junho de 2013, fizeram revolta em casa pedindo melhores escolas, hospitais,...; 3. rever a divisão familiar das tarefas, com possibilidades de substituição de atuais cargos".
- Só três metas, mamãe? - disse a filha mais velha da gentil pátria amada (Dona Cano, talvez).
- É, parece que rearrumar a casa dará trabalho e sem governanta ou quem quer que a substitua não o conseguirei. Tem mais, se essa Copa não sair bonita, terei de dar muitas explicações para seu tio Joseph - retruca a mãe - Mas lhe digo logo, filha, não vai dar para responder a tudo que seus irmãos pediram em junho. Falta dinheiro.
- Dinheiro, mamãe? Mas todo ano a gente faz aquela vaquinha, carimba com aquele selo do leão e entrega! Não é possível que não haja dinheiro - diz, indignada.
- Claro que é possível! Antes de chegar a mim, o motorista toma um pouco, o jardineiro toma um pouco, o porteiro toma um pouco, o contador toma um pouco... Seu tio Joaquim não consegue dar jeito neles todos! - diz a mãe, em tom de conformismo.
- Mas, então, vamos resolver isso ano que vem mesmo! Tiramos todos de suas atribuições e empossamos novos que andem na linha. A senhora mesma já tinha convocado aquela grande votação familiar em outubro, em que todos nós definimos as funções na família - diz a filha, satisfeita com a sua solução para o problema.
- Há um grande empecilho aí, meu amor. - Diz-lhe, docemente, a mãe gentil. - É que essa votação está uma bagunça! Vovó Dilma quer continuar, é claro, mas aí tem Seu Aécio que quer subir de cargo, tia Marina e tio Eduardo sabem o que querem, mas não sabem como querem e, por fim, parece que seus irmãos estão todos mais preocupados com a Copa do que com o que vem depois.
Após um pequeno silêncio, continua:
- Nada é tão grave assim, filhota! Veja as finanças da família que já vão bem e parece que vão melhorar com essa história toda de pré-sal.
- Pois é, mamãe, vê se então não reclama de falta de dinheiro para atender ao que pedimos.
- Ah, eu bem que queria te perguntar isto: o que exatamente vocês estão pedindo?
- Várias coisas. - Enumera a filha - Primeiro, a escola do Pedrinho está horrível. O hospital do caçula não está podendo atender porque não tem mais vaga. Maria não sai mais de casa porque Joana foi assaltada. E a nossa casa está caindo aos pedaços. Acho que vamos precisar trocar muitas coisas.
- O que uma mãe faz pelos seus filhos... - reflete em voz alta - Vamos ver. Tudo no seu tempo.
- Está bem, mamãe. Vou dormir.
- Te amo, filha. - diz, saindo do quarto.
Ao bater a porta, pensou consigo mesma: "Por que diabos foram perceber logo agora que não tinha berço esplêndido coisa nenhuma?".
Juliana Magalhães Andrade Costa dos Reis, Colégio Oficina
Num livro de Mia Couto, certa vez, li a frase "A vida é um beijo doce em boca amarga". Esse dizer me marcou de tal modo que adotei como uma ideologia, a partir daquele momento, sempre me permitindo interpretar a vida, simultânea e paradoxalmente, como dádiva e fardo. Entrelaçando aspectos negativos e positivos, portanto, pondero as minhas expectativas para um ano que já urge, empurrando com ansiedade os ponteiros de um relógio que se submete passivamente.
Sobre aquele "beijo doce", não tenho idealizações inatingíveis, e sim grandes desejos que, mesmo em ritmo paulatino, são perfeitamente concretizáveis. Em primeira instância, espero que 2014 seja um aprimoramento do exercício irrestrito da política pelos cidadãos que vimos este ano em nosso país, com reivindicações que partiram do mau transporte público aos definhados serviços prestados pelo governo, em geral, e sua conduta. Considero que romper o ideal bitolado de política enquanto fruto somente da ação do Estado é imprescindível para redefini-la. O desabrochar da democratização precisa ser abraçado como prioridade, principalmente pelo momento atual de ascensão econômica do Brasil, pois somente uma população engajada, que não hesite em se impor e clamar suas vontades, quando necessário, pode verdadeiramente direcionar o país para o caminho da prosperidade.
A ordem social, contudo, é um quesito primordial que deve ser revisto. O contexto histórico-cultural brasileiro anuncia ou, em tantos períodos, mascara a concentração de renda e a desigualdade entre camadas sociais. Até mesmo a bandeira, símbolo universal da nossa estória, por meio do "Ordem e Progresso", apregoa valores ilusórios, pois não somos parte dessa sociedade justa e fraterna aspirada, nem mesmo de uma sociedade, já que a segregação sobrepõe-se à unidade e à parceria. Não é certo que, após tanto avanço, tanta perspectiva, revoluções científicas, tecnológicas, a humanidade seja retrógrada. Que o próximo ano, então, carregue o fardo de diminuir as injustiças sociais, haja vista que "a injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos", como afirmou Montesquieu. É essa esperança a qual persistentemente alimento.
Sendo assim, projeto em 2014 a chance de corrigir falhas antigas. Na conjuntura em que vivemos, não é a atenção voltada para o urbano e industrial que nos permite a sublevação do plano raso e acessível para os altos patamares desejados. São a compaixão e benevolência do conjunto as responsáveis pela transformação, pela revolução de tudo aquilo que requer convivência, e é exatamente disso que o Brasil necessita: reinvenção.
Leila Lavínia Lopes Santana, Colégio Estadual Marcílio Dias
Meus votos para 2014 são os melhores possíveis.
Espero ter um ano repleto de felicidade, paz, saúde, amor... Enfim, terei 365 novas chances de concertar meus erros e melhorar meus acertos.
Em 2014 espero realizar na minha vida todos os sonhos e projetos construídos em 22013.
Quero ser melhor para os meus amigos, para meus pais, meus professores e principalmente, para mim mesma.
Só que não devemos esperar que esse novo ano traga tudo de bom para a gente sem nos esforçar, pois não adianta esperar o melhor do ano sem dá o melhor de nós.
Querer o melhor, dar o de melhor, ser o melhor uns para os outros, conseguir enxergar além do que parecemos e alcançar tudo aquilo que aos nossos olhos parece impossível.
Essa é a saída para 2014.
Letícia Escorse Requião, Colégio Antônio Vieira
As manifestações populares que marcaram o ano de 2013 tiveram como estopim o aumento no valor das passagens dos transportes públicos. Contudo, a população já sofria silenciosamente com outros descontentamentos, sendo um dos mais relevantes a Copa do Mundo de 2014, que terá o Brasil como país sede. Os manifestantes reivindicavam que seria um absurdo um país subdesenvolvido, repleto de divergências sociais e a corrupção na política, onde a população não é unanimemente atendida, sediar um evento tão dispendioso e com proporções tão grandiosas. Cartazes refletiam essa insatisfação através de mensagens como: "A Copa não educa ninguém".
Mensagens como essa demonstram a ineficiência do sistema de educação brasileiro. Uma pesquisa realizada pelo IBGE revela que apenas 54% dos jovens de 15 a 17 anos estão no ensino médio. Como estudante, passarei a cursar o ensino médio em 2014 e, assim, farei parte dessa porcentagem privilegiada queo integra no Brasil. A iminente chegada do Ensino Médio em 2014 me faz exaltar o quão essencial ele é. Representa a etapa de conclusão de um ciclo. Todavia, mais do que isso, revela elevada dimensão de importância para formação humana e intelectual, pois, além de desenvolver a inteligência cartesiana e sistemática, ensina também a sensibilidade inteligente do patamar emocional.
No Ensino Médio, a vida nos apresenta a necessidade da mudança e nos traz a oportunidade de escolher em que nos aprofundaremos para que essa vida nos faça felizes, independentes e capazes de nos destacar no mercado de trabalho. Cabe a nós, ainda pré-adultos, descobrir, experimentar e melhorar. Descobriremos dessa maneira, através das experiências e dos melhoramentos que, em mundo veloz e globalizado, a competitividade se tornou onipresente nos ambientes de trabalho, onde a qualidade do funcionário é determinada pelo nível de capacitação profissional que possui.
Quanto a essa necessidade de capacitação profissional, não podemos deixar de destacar que a realização da Copa do Mundo no Brasil, trouxe benefícios nesse âmbito. Um claro exemplo é o Pronatec Turismo, o qual foi instituído para contribuir com a melhoria da qualidade da prestação de serviços aos turistas e que oferece cursos em 120 cidades para atender à necessidade por novos profissionais para os grandes eventos.
É inevitável discutir sobre as perspectivas para 2014 sem falar da Copa do Mundo. No entanto, o novo ano vai muito além disso. Na política, ocorrerão eleições para eleger presidente e deputados que administrarão o futuro do país por mais 4 anos. No setor econômico, há a previsão do aumento do salário mínimo e a ambiciosa meta de um acréscimo de 4% no PIB. Na esfera social, o Brasil terá novo modelo de classes sociais a partir de janeiro de 2014.
Segundo o jornalista Arnaldo Jabor: "Ser subdesenvolvido não é "não ter futuro"; é nunca estar no presente". Essa frase traduz perfeitamente o atual contexto do Brasil. De fato, um país subdesenvolvido, porém, na mesma proporção, um país emergente que promete um futuro promissor. E é olhando para o futuro que digo: rufem os tambores para garantirmos o hexa em 2014!
Liz Maria Mariani Dias Dórea, Colégio Oficina
Nota pela não espera!
2014 insurgiria como qualquer outro ano: prometido de flores, em troca de bons ventos. Não fosse, porém, especialmente singular.
Feito o rebento caçula, há de ser parido por nós farto de mimos, planos - e pressa. Causa de um pulsar que já não cabe às veias; que já não sei dar nome.
E do que quer que seja batizado - fé, anseio ou esperança - há de continuar sendo mistério intangível.
Macromolécula-de-expectativa, cinética que te põe de pé às 5h da manhã, ainda que as pálpebras debatam-se; samba que dança no peito à espera do porvir.
É esta mesmíssima patologia impaciente, porém, que acomete minha juventude nunca antes tão velha, ansiosa, deprimida e imediatista. Não por acaso, à deriva do ano destinado aos ares mais densos, às esperas mais longas, às noites mais curtas e aos olhos mais sôfregos.
A esta altura, os dentes já estarão cerrados. Os miolos, fatigados do eco rançoso e claustrofóbico que teimará em se apossar dos futuros ainda impalpáveis: "Passem no vestibular. Tenham vida acadêmica brilhante! Votem conscientemente, sejam engajados! Torçam apaixonadamente pela seleção, alimentem vosso nacionalismo! (a propósito, bem expoente de quatro em quatro anos...)".
E à vista de uma sina já tão bem traçada, a tão nossa impaciência brota-se em pessimismo, semeia maus amanheceres, embaça-se da fumaça quente do café. A dor - invariável - faz da bonança coisa cada vez mais difícil de conjecturar...
Às avessas da lógica ansiolítica, porém, que o parto se faça sem anestesias: soframos! Mas desapertemos as têmporas. Desatemos os nós; tanto os que secam a garganta quando os que hão de emaranhar a vida porvir. Por ares menos rarefeitos, ainda hei de ofertar flores ao mar, à aurora do ano. Mas, afinal, já temos expectativas demais. Espero de 2014, tão somente, não esperar.
Luana Chacra, Colégio Antônio Vieira
Se 2013 foi um ano marcado por protestos, escândalos políticos e pessimismo quanto ao crescimento do PIB brasileiro, os investidores tendem a olhar de forma também pessimista para a aproximação de 2014. Em contrapartida, a massa brasileira movimenta-se cheia de expectativas para o ano que se aproxima, aguardando o protagonismo de mais um show de democracia em meio ao alegre (e provavelmente conturbado) cenário da copa do mundo.
Cenário que custou oito bilhões para ser erguido, indignando o povo brasileiro que costuma se ver de mãos atadas enquanto a saúde clama, sem ser ouvida, por uma maior assistência, tanto financeira quanto na área de qualificação profissional, e a educação reivindica uma reforma de alto custo no sistema, um processo que deve se iniciar desde o ensino fundamental. O povo necessita da atenção de seus representantes e vê em 2014 um ano em potencial para que possa ser ouvido. As manifestações ocorridas em junho de 2013 prometem ter sido apenas uma amostra do que será exposto quando todas as atenções forem voltadas para os Estados do Brasil.
Isso porque, em período de eleição, a cidadania confere voz até mesmo à plebe, tão comumente deixada de lado. Os candidatos à presidência e à governança, além dos deputados, precisam do povo, o qual usará isso ao seu favor ao tornar as eleições do próximo ano mais seletas. O cidadão brasileiro parece estar mais criterioso, principalmente com a inserção dos jovens no meio político, uma vez que os jovens politizados (considerados uma exceção em 2009, segundo o portal iG de notícias) estão crescendo em número.
Enquanto isso, a economia também sofre suas revira-voltas em meio às perspectivas: com a queda do Produto Interno Bruto (PIB) e o surgimento da inflação, entre outros fatores, a maioria dos investidores não vê a aplicação de capital no Brasil como uma alternativa promissora. Por outro lado, há uma minoria que ainda põe todas as expectativas nos eventos esportivos de grande porte que serão sediados no país. Ficam os debates e o questionamento: finalmente, o que esperar de 2014?
Uns aguardam as melhorias, alegrias e mudanças que toda a virada de ano procura trazer consigo. Outros preferem manter o pessimismo de que o Brasil não está preparado para nada do está por vir. A questão é que há expectativas girando em torno de 2014: desejo de mudança, pedidos de reforma, ajustes econômicos e políticos... E, se depender do povo, o ano que se segue será, por completo, um ano de transformações, afinal, está mais do que na hora.
Marcus Vinicius, Colégio Antônio Vieira
Um ano de mudanças e também de conquistas... De mil expectativas e, por último, mas não menos importante, de responsabilidades: eis o que espero de 2014! O ano em que - se tudo sair como planejado, é claro - cursarei a última série do Ensino Médio tem tudo para ser um dos melhores e, certamente, me trará bons momentos. Mais dedicação nos estudos, é verdade... Mas também a possibilidade de me reinventar!
O ano dos temidos vestibulares e do ENEM, que agora será feito para valer, promete surpreender: os compromissos com a profissão que pretendo seguir - a de jornalista, diga-se de passagem - serão mais cautelosos, já que, em 2014, meu foco será nos estudos.
Isto não significa que meu envolvimento com o jornalismo deva acabar: projetos não faltam e, com a aproximação dos meus dezessete anos, botá-los em prática nunca será tão fácil. Aos que não sabem, desenvolvo no meu blog, na internet, um trabalho voltado à comunicação.
2014 vai ser um ano importante para o Brasil, afinal, sediar uma Copa do Mundo não é para qualquer país. E concluir o colegial neste mesmo ano será uma honra para mim... 2014 é poder ver na minha própria cidade natal e diante dos meus olhos de estudante - futuro jornalista - um evento de proporções internacionais, o que, por si só, já me faz encarar a coisa com outros olhos: que jornalista (ou aspirante) não gosta de se imaginar cobrindo algo do tipo?
Não por acaso, 2014, além de ser ano de Copa, marca o início de uma boa fase para o nosso país, uma fase de grande importância no cenário esportivo, turístico e econômico mundial. Da mesma forma para mim, já que 2014 será o primeiro passo para trilhar a vida que sonho após o término do Ensino Médio, garantindo bons resultados na universidade e, mais tarde, um bom emprego.
Um jovem sonhador, é assim que me vejo. Mas, como diria Lulu Santos, em uma de suas belas canções, "não existiria som se não fosse o silêncio e não existiria luz se não fosse a escuridão." É assim que encaro a vida: não existe realidade se não houver sonhos e metas. Graças a elas, encontramos inspiração para não desistir das nossas dificuldades e sempre persistir naquilo que buscamos.
Marina Tadei, Colégio Oficina
2014 é um ano de mutações. Acompanhado de eventos e decisões como a Copa do Mundo de Futebol e as eleições presidenciais, vem com um espaço em branco, uma pergunta da qual a resposta não sabemos: qual será o futuro da nossa pátria amada?
Após o curto, mais influente período no qual ocorreram as tantas manifestações, muitos se perguntam: quem roubou o excêntrico espírito da juventude e a sensação de revolução que estava por vir? Pois bem, o excêntrico espírito permanece onde está, e acredito que esse sentimento já pegou sua senha e está aguardando a vez na fila da realidade em nossos sonhos. 2014 traz previsões e dúvidas sobre o futuro político do Brasil. Portanto é necessário refletir sobre a importância dessa fase para o desenvolvimento do país e não deixar que se perca a atenção das eleições por conta dos encantos do futebol. E que as tão desejadas mudanças comecem por nós, antes que cheguem às urnas e que os dedos escolham bem o número a ser digitado.
O que esperar de 2014? As mesmas promessas do Ano Novo feitas por cada um de nós sabendo que a maioria não será cumprida? Que isso não o desestimule, caro leitor, mas sabemos que o cumprido durante o ano é quase sempre o contrário do prometido no início.
Mas não foquemos nas promessas de fim de ano, e sim nas expectativas para o ano seguinte. E 2014 para mim, é um ano recheado delas. Muitas impossíveis. Muitas prováveis.
Analisar o futuro é uma missão meramente desafiadora. Tendo em base os últimos avanços tecnológicos nas mais diversas áreas, as expectativas não se enquadram em limites. Ver o céu repleto de veículos pode ser algo comum daqui a dez anos, por exemplo.
Suponho que 2014 traga o fim da era "facebook" e a ascensão de novos meios de comunicação que façam das relações afetivas cada vez mais "líquidas", como diz Bauman. E talvez soe um pouco clichê, mas sinto falta dos telefonemas e visitas de amigos. E você, caso for de outra época, deve sentir saudades das cartas de entes queridos. Não clamo pelo retrocesso da tecnologia. Facilita nossa vida de maneira extremamente útil. Mas também inútil. Talvez não fosse tão ruim e sacrificante ter uma agenda para anotar os compromissos ou simplesmente telefonar para matar as saudades de alguém que mora muito longe. As previsões para 2014 são mais e mais avanços tecnológicos. E uma das minhas impossíveis expectativas citadas anteriormente é que se dê uma pausa nesse exagerado desenvolvimento. E que os mais bem sucedidos magnatas da informática tirem um dia de folga para ir à praia com seus filhos e apreciar o pôr-do-sol e que ele seja admirado com os olhos, e não pela câmara do seu "Iphone".
Sobre a vida nas metrópoles, todos nós sabemos que se não forem tomadas as medidas emergenciais, nossa cidade, nosso país e nosso mundo se transformarão num verdadeiro caos. Imagine o congestionamento que vai enfrentar para buscar seu filho na escola, multiplicado por dez. Ou o tempo que você leva para chegar em casa de ônibus, multiplicado também. E todos os outros problemas urbanos. Sobre a sociedade, imagine-se sentado num restaurante com seus amigos e todos se comunicando entre si via" WhatsApp".
Imagine a arte de fotografar dizimada pelo " Istagram". Em partes, é o que 2014 nos reserva. Em aspectos pessoais, no próximo ano espero poder apreciar com mais calma e atenção as coisas mais sólidas que a vida me oferece.
Facilitar as tarefas diárias vira um ciclo vicioso. Facilitar o que mesmo? Facilitar para facilitar e cair num vazio existencial.
Por que , afinal, resumir as coisas mais prazerosas da vida em cliques traz sim, um vazio para mim e perceba, para você também.
Matheus Machado Diniz, Colégio Anchieta
O final do ano se aproxima e muitos começaram a criar expectativas acerca de 2014, principalmente os brasileiros, que, sediando a Copa do Mundo, acreditam ter a oportunidade perfeita para ganhar o torneio. Entretanto, será que a competição deve ser o único alvo de esperanças e especulações? Muitos acontecimentos podem passar despercebidos diante da supervalorização do futebol.
O começo de um ano é um motivo para estabelecermos novos objetivos visando à realização pessoal. Isso não significa que não devemos torcer pelo nosso país durante a Copa, mas é fundamental priorizarmos nossas metas e o bem comum. Como será a educação do país? A segurança, a ciência, a política, a economia? Nossas expectativas devem centrar muito mais que um evento esportivo, ainda mais porque grande parte das mudanças, principalmente na infraestrutura do país, que esperávamos vir com a realização do torneio, ainda não foram efetivadas.
A Copa irá abastecer a economia brasileira através do turismo, mas não resolverá os diversos problemas que o país ainda enfrenta, como a difícil mobilidade urbana, a ausência de uma efetiva reforma agrária e a desigualdade social. É a despreocupação do povo diante dessas questões o que atrapalha o desenvolvimento nacional. Sem falar que muitos projetos sociais e científicos ainda não são valorizados como deveriam, mesmo quando buscam uma melhor qualidade de vida para a população.
O que esperar para 2014? Um ano de desenvolvimento da nação, melhorias no transporte público e maior segurança urbana se tiverem a mobilização da sociedade diante dos atuais problemas do país. Com o desinteresse da população, o ano que vem nada mais será que um ano de Copa.
Sarah Barreto Ornelas, Colégio Anchieta
O que você espera de 2014? O que esperam de você em 2014? Difícil definir tão cedo, mas o ano é voltado exatamente para isso: definições. Para mim é o ano do vestibular e também a primeira eleição de que participo. Se a escolha do presidente que governará o País pelos próximos quatro anos já me parece grande o suficiente, imagine a da profissão que irei seguir pelo resto da vida.
Felizmente, já tenho um plano bem definido na minha mente. Pelo menos é o que acredito.
A verdade é que pouco acontece de acordo com os planos, o que não significa que as coisas não dêem certo mesmo assim. Para ser mais sincera, espero que o ano seja exatamente desta maneira: surpreendente. Seria até ingênuo (para não dizer desestimulante) acreditar ser possível prever o que está por vir através de uma lógica exata ou defini-lo pelas premissas declaradas no furor da atmosfera do Ano-Novo; o que torna o ano tão único é como escolhemos agir nos outros 364 dias. Cabe a mim fazer jus às resoluções que crio, durante 2014, agir com determinação para alcançar meus objetivos, sem me deixar abater pelos obstáculos que estão por vir.
Se pudesse desejar algo, desejaria que o ano de 2014 trouxesse não só ares de renovação para a cidade, mas também de cidadania e consciência para o povo; que os sentimentos de união e de pertencimento ao país não fiquem restritos aos limites do futebol e que a determinação para as pessoas se tornarem melhores não se esvaia nas primeiras dificuldades. Desejaria ser capaz de superar as minhas próprias expectativas, e não as que são impostas a mim. Além disso, quereria me sentir consciente pela minha própria decisão, sem medo de decepcionar a ninguém. Um ano é só uma medida; quem faz 2014 é você.
Sarah Sacramento Lopes Cerqueira, Colégio Anchieta
E o ano de 2013 já está acabando. Junto com o seu término, vem àquela pergunta: "o que esperar para 2014?" É engraçado pensar nisso, porque queremos tantas coisas, chegar a tantos lugares, viver tantos momentos que a vinda de um novo ano nos traz a chance de realizar o que não conseguimos nos 365 dias anteriores a ele.
Sempre aguardamos o próximo ano com muita ansiedade, para que possamos cumprir aquelas benditas metas que todo mundo, t-o-d-o mundo - inclusive eu e você - faz no Ano Novo: emagrecer com aquela dieta milagrosa, entrar na academia, ler novos livros, estudar o ano inteiro, passar de ano no colégio, fazer novos amigos, se apaixonar, realizar a viagem dos sonhos... nós, seres humanos, temos a necessidade de metas, sonhos, objetivos que nos façam querer viver e correr atrás do que desejamos. E talvez por isso façamos essas promessas, esperando cumpri-las, ou se não, pelo menos tentar.
E em 2014? Quais serão as metas da vez?
Bom, admito que eu pelo menos, não faço a menor ideia do que esperar desse ano. Eu por acaso tenho cara de vidente? Acho que não.
Ok, não se trata de adivinhação.
Trata-se de um desejo, uma expectativa. O que pode acontecer? O que queremos que aconteça?
Novos amores. Velhos amores. Novos amigos. A paz mundial. Um terremoto. Uma viagem à Paris. Uma casa na paria. Um cachorro. Um gato. Um beijo. Um abraço. Um aconchego. Um cafuné. Uma notícia. Um adeus. Uma saudade. Um choro. Uma briga. Uma separação. Uma experiência. Um aprendizado. Uma chance. Uma perda. Um perdão. Um ganho. Uma medalha. Um prêmio. Um livro. Um chocolate quente.
Uma noite de sexta. Uma tarde de sábado. Um sorriso. Vários sorrisos. Um momento. Uma reviravolta. O bom. O ruim. O de sempre. O de nunca. O inesperado. O inesquecível.
Tá. Já sabemos que o ser humano tem necessidades de metas e objetivos. Mas acho que esse ano, vou querer fazer diferente. Se pararmos pra pensar, esperar algo nem sempre é bom. Quando dá errado - a maioria das vezes -, ou qualquer coisa do tipo, a gente se frustra, se magoa, se chateia. Se pelo menos uma vez na vida eu, você, papai, mamãe, titio, cachorro, galinha, periquito resolvêssemos não querer nada, e deixássemos apenas acontecer, seria bem mais interessante.
Permitir que as nossas vidas fossem guiadas pelas ondas do destino.
Não é muito mais... excitante?
É, não sei o que vocês esperam para esse ano, mas eu já decidi o que vou esperar do meu - sim, decidi. Vou esperar acontecer, não importa o que seja. Vou deixar que a vida decida por mim. Vou viver os momentos intensamente, esquecer as regras, os livros de auto ajuda, viver o hoje sem planejar ou esperar o amanhã. E essa é minha dica para você aí do outro lado também. Se você pensava em algo em que esperar, desejar, cumprir... tente não pensar.
Aliás, sabe a única coisa que NÓS devemos esperar, não só desse ano como todos os anos seguinte?
VIVER.
Silvio de Paulo dos Santos, Colégio Estadual Marcílio Dias
Espero que 2014 seja um ano de muitas conquistas, um ano repleto de felicidades, de amizades, de amor, de harmonia.
A vida é repleta de obstáculos, mas é preciso saber superá-los para vencer. Há momentos em nossa vida que nos deixa felizes, há outros momentos que nos deixa tristes. Mas é preciso ter bom ânimo e saber que estes momentos são passageiros.
Devemos acreditar que a nossa vitória em um momento chegará. Não devemos desanimar.
Tailane Marques Costa, Colégio Estadual Marcílio Dias
Vida, paz, prosperidade, felicidade, esperança, fé, cultura, força material e espiritual, inteligência, bom senso, amor e muita união em família. Ano novo é tudo novo!
É bom fazer novos amigos e começar um estudo com mais atenção. Principalmente em família, porque é com amor da nossa família que desfrutamos o poder de amar. Com tudo isso, aproveitar a vida de um modo simples e com isso se tornará mais fácil. A gente vive na arte e na cultura, lazer nas férias é fundamental e esperança sempre porque o mundo é movido pela capacidade da nossa fé e com essa fé, temos paz e bom humor.
Queremos sim, prosperidade, e prosperidade de coisas boas, para mim e para nossa cidade.
É como uma prece antes de dormir... que o Papai Noel tire muitos da rua neste natal e alimente muitos por ai, que os que não tem estudos, estudem e que eles em 2014 também estejam felizes, porque a felicidade é abstrata, é uma coisa divina, uma coisa que muitos querem e poucos conseguem.
Que 2014 seja melhor que 2013!