Categoria pode entrar em greve por tempo indeterminado
Os funcionários dos Correios realizam na noite desta terça-feira, 17, uma assembleia para decidir se entrarão em greve por tempo indeterminado.
Em Salvador, a reunião será realizada na Praça da Inglaterra, no bairro do Comércio, às 19h30. Caso seja decidida a greve, cerca de seis mil trabalhadores podem paralisar as atividades somente na Bahia.
Entre as principais reclamações do movimento estão a retirada de direitos trabalhistas e a proposta de privatização da empresa, considerada pela categoria como "o maior ataque de toda a história da ampresa e representa uma grande ameaça para os funcionários e população".
Comunicado
A Diretoria Regional dos Correios na Bahia enviou comunicado à imprensa, no qual diz que caso a greve seja deflagrada, pretende garantir a continuidade dos serviços. "Caso o movimento seja deflagrado, os Correios irão adotar as medidas necessárias para garantir a continuidade de todos os serviços, com realocação de empregados de outras unidades e realização de horas extras. Os quantitativos de presença dos trabalhadores serão divulgados na quarta-feira, 18, com base em sistema eletrônico de monitoramento de frequência", diz a nota.
No comunicado, a empresa diz que não há planos de privatização e fala dos projetos em andamento. "Esclarecemos ainda que não há perda de direitos trabalhistas. Os assuntos desta natureza vêm sendo negociados entre os Correios e as representações dos trabalhadores, inclusive com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Bem como, não existem planos para privatização da empresa. No início deste ano a estatal apresentou um projeto de reestruturação interna, que não possui qualquer relação com o capital dos Correios, que permanece 100% público. A criação de subsidiárias faz parte do processo de revitalização e fortalecimento dos Correios, com base na legislação, para diversificar sua área de atuação, rentabilizar a estrutura existente e garantir a sustentabilidade da empresa. Atualmente estão em andamento projetos para criação de empresas para atuar nos segmentos financeiro, de comunicação digital e de logística integrada. Essas instituições serão administradas pela CorreiosPar - subsidiária de capital 100% estatal - em um modelo de administração que já é adotado hoje por empresas públicas brasileiras".