A confusão ocorreu na noite desta terça-feira, no Shopping Barra
A Justiça estipulou uma fiança de três salários mínimos para a policial civil, Núzia Santos de Aquino, 49 anos, que está presa na sede da Corregedoria da Polícia Civil (PC) por suspeita de injúria racial contra um vendendor de um shopping de Salvador, na terça-feira, 29. Ela poderá ser solta quando a fiança for paga.
A polícia informou ainda que, além de injúria racial, Núzia foi presa em flagrante por lesão leve. Ainda na terça, ela foi encaminhada para a corregedoria, que vai instaurar um procedimento administrativo disciplinar.
A suspeita está afastada dos serviços devido a problemas psicológicos. A licença médica vem sendo renovada desde 2008. Antes de ser afastada, ela atuava na Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (DEATI), informou a polícia.
O caso
A confusão envolvendo Núzia começou quando ela entrou na loja Fast Shop, do Shopping Barra, e não quis ser atendida por um funcionário negro.
Além da ofensa racista, a mulher ainda disse que o vendedor deveria " ser motorista de traficante", segundo o estudante Décio Calado que estava no centro comercial no momento do ocorrido.
Policiais da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (PM-BA) foram encaminhados para o local. Segundo a PM, a mulher também chamou um segurança do shopping de "macaco".
A situação causou grande revolta para as pessoas que estavam no shopping. Durante a confusão, a mulher se escondeu em um provador de outra loja.
Depois de ser encontrada, Núzia e todos os envolvidos foram levados para Central de Flagrantes, no Iguatemi, e ouvidos.