Caso não haja acordo, a entidade pode deflagrar a greve a qualquer momento
Os rodoviários decidiram, após assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 19, manter o estado de greve decretado pela categoria no último dia 12. No entanto, segundo o diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, não há previsão de paralisação dos ônibus.
Após a assembleia, os rodoviários iniciaram caminhada pela região dos Barris, em Salvador. De acordo com informações da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), os rodoviários saíram do Sindicato dos Bancários da Bahia, onde aconteceu a assembleia, na Ladeira dos Aflitos, e seguiram em direção à Estação da Lapa. A ação complicou ainda mais o trânsito na área.
Os rodoviários reivindicam reajuste de 18%, redução da jornada de trabalho para 6h, além de outros benefícios, como tíquete-alimentação e redução do desconto do auxílio-alimentação, entre outros pontos.
Nesta sexta-feira, 20, a partir das 10h, acontece reunião na sede do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na qual os profissionais pretendem negociar com os empresários sobre as reinvidicações da categoria.
Nesta quinta, o prefeito ACM Neto disse que não acredita que haja greve. Ele mantém conversa com os rodoviários e o patronato. "Tenho confiança que não haverá greve. Desde a semana passada estou conversando, apesar de não ser assunto que a Prefeitura tenha poder de decisão. Mas pode, deve e estou fazendo esse diálogo para tentar uma aproximação das propostas. Inicialmente, os empresários sequer tinham aceitado conversar sobre a pauta. Agora já sentaram e a pauta está avançando", afirmou Neto.
Caso não haja acordo, o diretor do sindicato da categoria, Daniel Mota, disse que a entidade pode deflagrar a greve a qualquer momento. "A diretoria está autorizada a decretar greve assim que achar oportuno", afirmou, alegando que os rodoviários devem tomar uma posição ainda no mês de maio, data-base da categoria.
Jorge Castro, assessor de relações do trabalho do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) não quis antecipar as propostas dos patrões antes da reunião com os rodoviários no MPT.