Jenny Muller em sua performance 'Emoldurada'
Pesquisa recente da Rede Trans Brasil aponta que o Brasil é o líder mundial de assassinatos de travestis e transexuais. A organização, estima que até março de 2017, 30 pessoas trans e travestis foram assassinadas - sendo oito no Nordeste.
Pensando nas diversas formas como as violências de gênero afetam as mulheres cis (não trans) e as pessoas trans, o coletivo "De Trans Pra Frente", de Salvador, realiza um debate com o tema "Feminicídio e Transmisoginia", que acontece na quarta-feira, 22, às 18h, no Teatro Gregório de Mattos.
O tema envolve questões-chave na discussão sobre as violências de gênero: o assassinato de mulheres cis e trans e o ódio às identidades trans e suas existências. Nesta edição, o debate, que será mediado pela pesquisadora Viviane Vergueiro, contará com as ilustres presenças de Fran Demétrio, pesquisadora e professora doutora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Karla Zhand, ativista da Associação de Travestis e Transexuais em ação (ATRação) e Vilma Reis, socióloga e ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA).
Quem fica responsável por dar as boas-vindas ao público é a artista Jenny Muller, com a sua performance "Emoldurada”. O encerramento contará com a apresentação do grupo TRANSbatucada, movimento político-percussivo voltado para o público trans e travesti, ministrado pelo músico Antenor Cardoso.
De Trans Pra Frente
O "De Transs Pra Frente" é um evento mensal, que acontece desde maio de 2016 no Teatro Gregório de Mattos. O projeto discute pautas como a violência sistêmica, construções sociais de gênero, dificuldade de acesso à saúde, educação, trabalho e moradia, por um coletivo composto majoritariamente por pessoas trans e travestis.