Equipe de profissionais que atuam no espaço trabalha na perícia e recuperação dos equipamentos danificados
Fechado para perícia após o princípio de incêndio registrado no último sábado, o Teatro Sesc Casa do Comércio (Av. Tancredo Neves) avalia os prejuízos nos equipamentos, enquanto projeta a reabertura o mais brevemente possível.
“Temos todo um procedimento normatizado. A perícia da polícia técnica veio aqui no sábado e no domingo. Não nos foi dado ainda o laudo definitivo”, afirmou o diretor regional do Sesc, José Carlos Boulhosa, ao explicar parte do caminho até a retomada do espaço.
“Tem um prazo de até 15 dias para o laudo. Nós solicitamos que eles fizessem isso o mais rápido possível para a gente poder ter um posicionamento efetivo sobre o que aconteceu”, completou Boulhosa, que destacou a ação rápida para debelar o incêndio feita pela equipe de brigada do próprio Sesc, antes da chegada dos bombeiros.
O dirigente do Sesc afirmou que a equipe treinada periodicamente na prevenção de sinistros teve uma intervenção providencial para evitar maiores danos e restringir os prejuízos apenas ao palco.
Análises
Boulhosa acrescentou que, desde a noite de terça-feira, 21, a perícia técnica da polícia e a do seguro liberaram o teatro para sua equipe avaliar os prejuízos.
“A expectativa inicial é que os danos tenham se restringido a alguns equipamentos de reposição não muito difícil”, acredita o diretor.
“Se tudo ocorrer dessa forma, há possibilidade de a gente imaginar que, em um prazo de até dez dias, aproximadamente, teríamos condições de deixar o teatro pronto para que a vida voltasse ao normal”, analisou Boulhosa.
Ele disse ainda que o encaminhamento técnico começou a ser feito desde esta quarta, 22, a fim de ser disponibilizada a relação do equipamento estragado ou a ser restaurado.
As primeiras avaliações feitas sob a supervisão da coordenadora do teatro Meire Macedo dão conta de que as cortinas (chamadas de vestes do teatro), o piso do palco e o som estão entre os materiais danificados. “Detectamos que o palco está completamente irregular. Levantamos também perdas no som”, afirmou.
Ainda em uma avaliação preliminar, Meire Macedo projeta um custo de R$ 200 mil, caso seja necessária a compra de um novo som, e R$ 100 mil para o custo de reposição das cortinas.
Ela também explicou ter observado danos nos refletores, nos quais recaiu as primeiras suspeitas da causas de incêndio.
“As causas ainda não foram identificadas. Isso só a perícia poderá dizer quando concluir os trabalhos”, finalizou Meire.
Eventos
Enquanto o espaço não volta a funcionar, espetáculos como ‘A Escola Vai ao Teatro’ e ‘A Fabulosa Fábrica de Chocolates’ migraram para o Teatro Jorge Amado, no bairro da Pituba.
A temporada de ‘A Bofetada’, que deveria ter uma apresentação feita pela Cia Baiana de Patifaria momentos antes do sinistro, foi suspensa.
A peça, agora, está em cartaz no teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Salvador Shopping.
Já o show ‘Nerso da Capitinga’ foi cancelado até a recuperação do teatro do Sesc, que nesta quinta, 23, continuará a ser vistoriado por técnicos da própria instituição.
“A gente está orientando aos produtores que eles já busquem outros espaços. O espetáculo que seria apresentado no final do mês, que é ‘Por Isso Eu Fui Embora’, já migrou para o Teatro Jorge Amado”, antecipou Meire Macedo, citando outro evento que foi transferido.
A coordenadora avisa que, embora a direção do teatro esteja empenhada na reabertura do espaço, não se pode prever a demanda de tempo até voltar a funcionar normalmente.
“A gente está orientando que aqueles que estão inseguros fiquem à vontade para procurar outros lugares”, ponderou Meire Macedo.