Mobilização ocorrida ontem foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Água e Esgoto do Estado da Bahia
A 18ª edição do Grito da Água marcou, nesta quinta-feira, 22, o Dia Mundial da Água nas ruas do centro de Salvador. A caminhada seguiu do Campo Grande à praça Castro Alves. Organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Água e Esgoto do Estado da Bahia (Sindae), a manifestação reuniu integrantes de movimentos sociais, centrais sindicais e estudantes, totalizando 2 mil pessoas.
Com o tema "Água é um Direito, Não Mercadoria" o protesto focou as privatizações no Brasil. "Se a privatização acontece, o lucro vai impedir o investimento nas populações menos assistidas e elas vão ficar em situação pior", declara Nadilene Nascimento, diretora de Política do Sindae.
A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), a CUT e diversas frentes sindicais de Sergipe, como o Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto de Sergipe (Sindisan), além de entidades de outras categorias como Sindicato de Vigilantes da Bahia (Sindvigilantes) e a Frente de Nacional de Negros e Negras (FNN) marcaram presença.
Privatizações
Luis Geovane, secretário de saneamento e meio ambiente da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (Frune), que congrega todos os urbanitários da água e energia, afirma que as populações rurais estão sofrendo com as privatizações. "Fazemos essa mobilização para reafirmar que não iremos aceitar a privatização", explicou Geovane.
A caminhada contou com apresentação de fanfarras, além de apresentação de capoeira e grupos de afoxé. Ao longo do trajeto foram distribuídos copos com água como emblema da luta pelo direto ao recurso hídrico.
*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira