'Funk' tem quatro anos e atua no rastreio de drogas
Com apenas 4 anos de idade, "Funk" – um dos K9 (cão policial) – da Coordenação de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil (PC) já participou ativamente de diversas operações de rastreamento e apreensão de drogas em Salvador e na região metropolitana. Entre as missões, o cachorro da raça Cocker Spaniel tem em seu histórico a apreensão de 1,5 tonelada de cocaína no Porto de Salvador, no dia 18 de julho.
Mais recente, ele foi o "policial" que contribuiu para a apreensão 178 pedras de crack e 100 porções de cocaína nesta quarta-feira, 15. O material estava escondido em um bar usado como centro de distribuição de drogas, no bairro de São Caetano.
>> Preparação para atividade policial exige esforço e união entre condutor e animal
Na ação, Edson Barbosa, 35 anos, e Verônica Lima, 22 anos, responsáveis pelo local, foram presos. A operação contou também com a participação dos cães farejadores Troy, da raça Pastor Alemão de 4 anos, e da "estagiária" Jady (uma Cocker Spaniel de 9 meses).
A Coordenação de Operações Especiais (COE) desmontou, na tarde desta quarta-feira, 15, um bar utilizado como centro de distribuição de drogas, no bairro de São Caetano, em Salvador. Os responsáveis pelo estabelecimento seriam Édson Barbosa, de 35 anos, e Verônica Lima, de 22 anos. Com a ajuda de um cão farejador, os policiais encontraram diversas porções de cocaína e crack escondidas no local. Leia mais no #PortalATARDE, acessando o link na bio | 📷 Divulgação | SSP-BA | #SãoCristovão #Bar #ATARDE #JornalATARDE
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A atuação de "Funk" ganhou notoriedade nas redes sociais, despertando o interesse de internautas que elogiaram o desempenho do animal, além de admirarem sua "fofura". Uma das admiradoras foi a cantora Claudia Leitte, que brincou com a pose feita pelo cãozinho durante apresentação do casal na postagem feita no perfil do Portal A TARDE no Instagram: "O cão é o infrator... Roubou a cena".
Outro internauta afirmou que se tratava de um "cão herói". Uma segunda escreveu que "esse cachorro é verdadeiro herói da porra toda, olha a satisfação dele de estar ali". Um terceiro seguidor destacou a capacidade olfativa da raça: "Cocker tem um faro impressionante".
Além de "Funk", outros nove cães policiais integram o canil da COE no rastreio de drogas e explosivos.
Raça cocker spaniel é comum para integrar corporação policial, diz coordenador do canil da COE
Cocker Spaniel
Muito diferente das raças mais comuns de cães policiais como Pastor Alemão, Belga ou Holandês, Labrador, Rottweiler ou até mesmo o Dobermann, o Cocker Spaniel, como o "Funk", vem sendo muito usada, como explicou o coordenador do Canil do COE em Salvador, Luís Fernando Bastos.
"É uma raça muito comum para integrar a corporação policial, principalmente para detecção. A primeira dessa raça foi a cadela 'Funny', que possui um histórico de muitas apreensões de drogas. Ela cumpriu o seu tempo de serviço com 11 anos, quando morreu. Mesma velha, ela continuou integrando a corporação, tornando-se a nossa mascote", recordou ele.
O desempenho do animal durante as missões é desenvolvido no Canil da COE desde filhote, e com "Funk" não foi diferente: "Fazemos diversos testes, como de comportamento e aptidão para caça, além de treinar para que eles não sejam agressivos, já que trabalhamos em aeroportos ou em comunidades".
Segundo Bastos, o treinamento, mesmo ainda filhote, é constituído de etapas como entrar em sala escura, andar sobre piso liso, subir, abaixar e pular obstáculos, além de desenvolver o faro como rastreamento de objetos. O K9 fica na fase de treinamento até 1 ano e meio, quando ele, geralmente, já está apto para se tornar um "estagiário".
Conforme o coordenador, no período de estágio, como a cadela "Jade", o animal começa a ir para as operações como uma forma de se adaptar com o barulho e com o excesso de pessoas. "Na rua, o policial guia tem que está atento as reações do cachorro. Pode ser que ele perceba alguma coisa e o guia tem que saber fazer a leitura do comportamento do animal", explicou Bastos, complementando que essa relação entre os dois começa quando o farejador ainda é filhote.
"Todo cão farejador tem seu guia. É ele que vai para as operações. Para acontecer a relação de amizade entre eles, é preciso uma série de atividades diárias, que vai desde a alimentação até corridas, natação e caminhadas", falou.
*Sob a supervisão do editor Juracy dos Anjos