Da Redação com informações de Keyla Pereira | Fotos: Raul Spinassé e Roberto Aguiar | Ag. A TARDE
Trabalhadores se concentram na Rótula do Abacaxi
Cerca de 400 trabalhadores participaram de uma manifestação na manhã desta sexta-feira, 14, que integra o ato nacional contra a reforma da Previdência, convocado pelas centrais sindicais. O grupo saiu em caminhada da Rótula do Abacaxi e parou em frente ao Shopping da Bahia. Os manifestantes bloquearam as vias na região, causando congestionamento no trânsito.
Em Salvador, várias categorias aderiram ao movimento, incluindo rodoviários, bancários e professores. De acordo com a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), o protesto causou reflexos nas avenidas Bonocô e ACM e do Acesso Norte.
Manifestantes bloqueiam trânsito em frente ao Shopping da Bahia | Foto: Keyla Pereira | Ag. A TARDE
"Estamos aqui evitando uma série de retrocessos no Brasil. Nós já perdemos uma série de direitos com a Reforma Trabalhista, agora com a Reforma da Previdência está pior. Sem contar os gastos cortados da área da educação. Então os trabalhadores se uniram e hoje estão na greve geral, lutando por direitos", diz o representante do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado da Bahia (Sintsef), Pedro dos Santos.
Representantes de sindicatos marcam presença durante protesto | Foto: Keyla Pereira | Ag. A TARDE
O ato também conta com a participação de estudantes. Segundo Marina Amaral, do Coletivo Afronte, a luta deve ser uma só. "O Afronte é um coletivo da juventude, mas a gente compreende que é necessário unificar a luta com os trabalhadores. Estamos aqui principalmente contra a reforma da Previdência, mas também a favor da educação e das nossas universidades", ressalta.
“Hoje estamos nas ruas em defesa do nosso futuro. A juventude tem que unir forças com os trabalhadores. Unir a nossa luta em defesa da educação com a luta em defesa da Previdência. Lutar é a regra que temos que seguir”, diz o estudante da Uneb Matheus Araújo, integrante do Coletivo Rebeldia.
Inicialmente, os metroviários também anunciaram a paralisação de 24 horas nesta sexta, no entanto, o metrô segue em funcionamento. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Ferroviário e Metroviário dos Estados da Bahia e Sergipe (Sindiferro) permanecem em frente à Estação Acesso Norte, com faixas e cartazes. O movimento de passageiros que utilizam o metrô é abaixo do esperado, uma vez que não há ônibus realizando a integração com as estações.
Outro ponto de concentração foi em frente ao supermercado Extra, na Rótula, no sentido rodoviária. O local chegou a ser interditado para o tráfego de veículos.
Confusão
O início do protesto foi marcado por uma discussão entre alguns manifestantes e motoristas que estavam na via interditada. Policiais militares tentaram intervir para desbloquear a rua, mas não conseguiram.
Motorista discute com manifestantes (Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE)
Policiais tentaram intervir para desbloquear a via (Foto: Raul Spinassé | Ag. A TARDE)
Mobilidade
Com a paralisação dos rodoviários, a população encontrou dificuldades nesta manhã para se locomover pela cidade. Apesar da prefeitura anunciar a circulação de 300 micro-ônibus do Sistema de Transporte Especial Complementar (Stec), passageiros relataram dificuldades em encontrar os veículos. Em alguns pontos, os 'amarelinhos' chegam lotados.
Os trens do Subúrbio também não estão funcionando na manhã desta sexta, assim como os ônibus metropolitanos.