Ônibus pararam de circular na cidade durante a greve geral nesta sexta, 14
Os sinais da greve geral convocada para essa sexta-feira, 14, puderam ser sentidos logo cedo em Salvador, com a suspensão dos serviços de transporte. Os trens, que atuam no subúrbio ferroviário, assim como os ônibus, não estão circulando pela cidade, apenas o metrô opera dentro da normalidade. Com isso, muita gente ficou impedida de se dirigir ao local de trabalho.
Há também bloqueio de avenidas importantes como avenida ACM, onde manifestantes impediram o acesso às vias pelos veículos desde o início do dia. A Polícia Militar da Bahia (PMBA) tem atuado para tentar fazer com que as lideranças do ato liberem ao menos parte das vias, possibilitando o fluxo dos veículos.
A informação do Sindicato dos Rodoviários do Estado da Bahia é de que nenhum dos cerca de 2,7 mil veículos da frota regular deverá circular durante todo o dia. Para tentar facilitar a vida de quem precisa sair, a Prefeitura de Salvador informou ter montado um "plano B" autorizando a circulação de 300 ônibus e micro-ônibus do Sistema de Transporte Especial Complementar (STEC).
Algumas garagens da Concessionária Integra permanecem com os portões fechados desde a meia-noite desta sexta-feira. Na Garagem G3, Suburbana, os portões estão fechados e nenhum dos 140 ônibus da garagem saíram para serviço.
Já a garagem G1, localizada em Plataforma, está no mesmo esquema e 260 ônibus não circularam na cidade. Além disso, cerca de 1.100 funcionários que operam no local aderiram à greve geral.
"Essa paralisação por parte dos rodoviários é por uma aposentadoria especial. Há muito tempo estamos lutando por isso e a reforma da Previdência nos propõe o contrário. É inaceitável porque a nossa profissão é de risco", comenta o dirigente da garagem G1, Renato Araújo.
Caminhada
Conforme diretores da Central Única dos Trabalhadores (CUT/BA), está prevista às 15h uma caminhada da praça do Campo Grade até a praça Castro Alves, no centro da cidade, que deverá contar com a participação do sindicato dos petroquímicos, que atuam no Polo de Camaçari, cidade vizinha a Salvador.
A previsão é de que professores de universidades públicas, servidores públicos federais e municipais, bem como bancários e comerciários, devam aderir à paralisação de hoje.