Priscila Dórea | Fotos: Felipe Iruatã | Ag. A TARDE
Crianças e adultos devem ser imunizados contra a doença
Qual não foi a surpresa das irmãs Joselene e Antonilda Bispo na manhã deste sábado, 10, quando, ao levarem as filhas para tomarem a vacina contra o sarampo, descobriram que na verdade elas próprias também precisavam ser imunizadas. “Temos esse costume, né? De deixar para última hora mas, chegando aqui, descobri que ela já está protegida, mas eu não”, conta Joselene.
O Dia D da vacinação contra o sarampo acontece em 82 postos de Salvador durante todo o sábado. Doione Lemos, subcoordenadora de Controle de Doenças Imunopreveníveis, explica que não se trata de uma campanha, e sim de uma intensificação vacinal que procura iniciar ou completar o esquema de vacinas da população.
“O início do sarampo se parece muito com uma virose comum, por isso sua contaminação é rápida e pode acontecer até mesmo através da respiração. Uma pessoa pode contaminar outras 20 em um curto espaço de tempo, imagine como isso pode propagar rapidamente?”, alerta Doione. Ela ainda avisa que durante o resto da semana, todas as salas estarão 100% equipadas com doses da vacina.
A corretora de seguros Jamile Cerqueira levou o filho, Miguel, e conta que faz de tudo para manter as vacinas dele em dia, porque sabe dos perigos que ele corre. “Ele já está na creche e convive com outras crianças, por isso me sinto mais segura sabendo que ele está vacinado e protegido de diversas doenças”.
A vacina de sarampo deve ser tomada por pessoas entre 1 e 49 anos e está disponível nos postos de saúde durante todo o ano. Às vezes, no entanto, é preciso dar um 'puxão de orelha', como afirma o controlador financeiro Rafael Pisapio, que foi com a noiva Larissa Dourado se vacinar. “É bom para que fiquemos mais atentos com nossa saúde, principalmente para quem viaja muito e entra em contato com muitas pessoas”.
A preocupação de Rafael quanto a viagens foi motivo para que o Ministério da Saúde emitisse um alerta na última quinta-feira, 6, para que todas as crianças entre seis e onze meses que forem viajar para municípios em situação de risco devem ser vacinadas. A imunização nessa idade, no entanto, não substitui a vacina tríplice viral que é dada aos 12 meses.