Doença é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos | Foto: Divulgação | SMS
Doença genética e hereditária, predominante em negros, a anemia falciforme pode oferecer implicações sérias e até mesmo levar a morte. Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil cerca de 3.500 crianças nascem por ano com a doença, sendo 1 bebê a cada 1.000 nascimentos. Salvador concentra o maior número de portadores da doença, a cada grupo de 650 bebês nascidos vivos, 1 tem a patologia, o que representa em média 65 crianças por ano.
Na rede municipal existem dois Ambulatórios Especializados em Doença Falciforme – os primeiros centros do perfil implantados no país -, implantados nos Multicentros Carlos Gomes e Vale das Pedrinhas, ambas unidades administradas pelo Instituto Saúde e Cidadania (Isac).
Nessas unidades os cidadãos podem contar com o atendimento especializado no diagnóstico, prevenção e aconselhamento aos pacientes e familiares através da atuação de médicos hematologistas e hepatologistas pediátricos e adultos, bem como psicológos.
A doença
A anemia falciforme caracteriza-se por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.
A doença é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Os principais sintomas são: dores articulares, palidez e icterícia, atraso no crescimento, feridas nas pernas, tendência a infecções, e problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais.
O diagnóstico da doença é realizado através do teste do pezinho, disponível gratuitamente em todas unidades básicas de saúde da rede municipal para os recém nascidos entre o terceiro e sétimo dia de vida. Para as pessoas que não realizaram a triagem neo-natal, a Secretaria Municipal da Saúde também oferece o exame laboratorial (eletroforese) para a identificação da anemia falciforme. Os pacientes que fazem tratamento na capital contam ainda com a dispensação dos medicamentos da farmácia básica de forma gratuita.